Relação, vínculo e troca nos contratos psicológicos de docentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Costa, Bruna de Vasconcellos Lameiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-30072010-102137/
Resumo: No cenário atual dos negócios, todo trabalhador é pressionado a ser flexível para conjugar relacionamentos diferenciados, seja com distintos empregadores, supervisores, ou colegas. O sonho de estabilidade profissional em uma única empresa cede lugar às inquietudes dos novos modelos de trabalho autônomo. Os vínculos são diferenciados, as regras são ambíguas. Os indivíduos são pressionados a cuidar de si mesmos e de sua obra. Tais condições impõem novos desafios para a gestão de pessoas, como se observa no desenvolvimento do compromisso e na gestão das identidades. Nesse cenário surge o conceito de contrato psicológico como elemento estratégico da estabilidade individual em ambientes turbulentos e instáveis. O presente projeto é dedicado ao estudo dos contratos psicológicos como ferramenta de desenvolvimento pessoal e de gestão. Embora estudado, há mais de duas décadas, o conceito contrato psicológico continua ambíguo, carecendo de limites epistemológicos, ao mesmo tempo que reconhecido como elemento presente nas relações entre empregados, empregadores e empresas. A pesquisa aqui descrita é uma investigação que teve por alvo a compreensão dos contratos psicológicos ao estudar profissionais de uma instituição educacional que atuam como autônomos, ou passaram da condição de autônomo para a condição de empregados e de seus empregadores. A meta principal deste estudo foi produzir dados empíricos para comprovar a existência de vínculos que podem ser reconhecidos como contratos, identificar os conteúdos das trocas existentes nos mesmos e apreender situações de quebra e desrespeito a tais vínculos. Foram estudados 10 (dez) sujeitos através de entrevistas para que se pudesse captar os elementos de troca, a finalidade destas e os problemas implicados no vínculo e em sua possível ruptura. Os resultados evidenciaram o reconhecimento de vínculos estáveis que atuam sobre os diversos sistemas subjetivos individuais e a relação destes com os próprios sistemas. Os contratos psicológicos parecem existir e têm funções diversas. Afirmações sobre os mesmos requerem estudos mais aprofundados e mais amplos