Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Jorge |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-14112008-102706/
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Resumo: |
A exploração das florestas nativas e das plantações florestais no Brasil tem um imenso potencial. No entanto, na Amazônia, a exploração das florestas nativas tem se dado predominantemente de forma predatória com um enorme desperdício dos recursos madeireiros e não madeireiros. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a cadeia produtiva da madeira de espécie nativa em dois municípios do estado do Pará: Paragominas e Novo Progresso. Métodos: Inicialmente e no decorrer de todo trabalho, foi realizada extensa pesquisa bibliográfica e documental para se conhecer a realidade da exploração madeireira na Amazônia. Foram selecionados dois municípios com pólos madeireiros expressivos para realização do trabalho de campo e aprofundamento do conhecimento sobre a cadeia produtiva: um de exploração mais antiga e outro mais recente, para verificar diferenças no processo. O estudo teve características de exploratório, numa primeira fase, e descritivo, numa segunda etapa, quando se buscou descrever os fenômenos e estabelecer relações. Foram entrevistados representantes de empresas de diferentes tamanhos com enfoque na cadeia produtiva da madeira (extração, processamento primário e beneficiamento). Muitos entrevistados atuavam nas três atividades, mas a grande maioria apenas nas duas últimas. Resultados: A maior parte das empresas pesquisadas não detém plano de manejo florestal próprio, o que as torna vulneráveis em relação ao suprimento de madeira. Essa situação também não é um fator de estímulo ao manejo florestal sustentável. De modo geral, nos dois municípios, o parque industrial encontrado é antigo e com tecnologia defasada. Investimentos em equipamentos e treinamento têm sido baixos, o que resulta muitas vezes em qualidade insuficiente e produtos com baixo valor agregado. A geração de resíduos de madeira é elevada e sua destinação freqüentemente inadequada. Conclusões: Uma política de agregação de valor aos recursos naturais deveria incluir investimentos relevantes em capacitação e treinamento. A cadeia de base florestal pode desempenhar um papel importante na manutenção da floresta em pé, na geração de empregos e nas exportações da região. Além disso, a indústria de produtos da madeira consome relativamente pouca energia e pode na verdade gerar excedentes, dispensando os custosos investimentos em linhas de transmissão. No desenvolvimento sustentável dessa indústria, a certificação florestal independente pode assumir um papel relevante. |