A infância na psicanálise de Durval Marcondes: patologia e normalização no processo civilizatório

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Lima, Luis Antonio Gomes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-04122009-133102/
Resumo: A pesquisa analisa a concepção de criança presente na produção científica do psicanalista paulista Durval Marcondes. Realiza uma discussão sobre a historiografia que estuda o percurso deste autor, estabelecendo as primeiras reflexões que compõem a seqüência deste estudo através do diálogo com as investigações realizadas nessa área temática. Faz um levantamento e leitura de artigos escritos por Marcondes, no intuito de pensar o sentido de criança em sua obra, visando sua problematização. A análise mostra que a criança é significada como doença, constituindo um remanescente da ancestralidade selvagem do homem no interior do processo civilizatório. Contextualiza essa concepção, discutindo sua articulação com a dimensão histórico-social na qual Durval Marcondes escreve seus artigos, o que leva a considerar a educação pública, as transformações nas famílias e o debate protagonizado pelo autor junto à comunidade psicanalítica internacional. O trabalho permite afirmar que a concepção de criança como doença nos textos psicanalíticos de Durval Marcondes sinaliza o estabelecimento de um regime disciplinar que, ainda incipiente no Brasil, envolve a psicanálise como parte do aparato que objetiva o controle dos indivíduos a partir da normalização da infância.