Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Amparo, Patrícia Aparecida do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-15022018-102511/
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo compreender como as relações entre as representações de professores e alunos do ensino médio, quando confrontadas às regras escolares, aos currículos e aos materiais didáticos, engendram disputas em torno da leitura legítima de obras literárias no espaço escolar. Assim, a partir da perspectiva sóciohistórica, a pesquisa coloca em cena o modo como a linguagem ganha funções e sentidos na trama do cotidiano escolar por meio da força exercida por agentes cujas posições sociais estabelecem pontos de tensão, questionamento e resistência à cultura legítima ao mesmo tempo em que produzem a matriz socializadora possível, como propõe Bernard Lahire, a partir da qual a escola produz disposições com relação à linguagem. Partimos da compreensão que o ensino médio vem passando por períodos de expansão desde o início do século XX que ampliaram a presença de diferentes grupos sociais em seu interior, o que dá contornos específicas às disputas em tela. Para a confecção da pesquisa, utilizamos como fontes as observações das aulas de Língua Portuguesa no ensino médio; os livros didáticos presentes nas aulas; e os currículos estadual e federal em vigência; além disso, realizamos entrevistas com oito alunos e duas professoras de Língua Portuguesa; e uma enquete com os alunos do ensino médio regular. Para construirmos nossas análises, buscamos a contribuição de autores como Roger Chartier, Pierre Bourdieu e José Mário Pires Azanha. Percebeu-se que por meio de ações socialmente situadas, estruturadas por esquemas cognitivos advindos do mundo natal e da incorporação de sentidos escolares temporalmente articulados, os alunos e as professoras efetuam reelaborações de leitura de obras literárias na escola. Ao colocar em evidência a leitura segundo as concepções curriculares e presentes no inconsciente escolar, as professoras efetivam uma apropriação problemática das obras literários, favorecendo relações que tomam a leitura como objeto. Ao mesmo tempo, os alunos parecem negar o que é ensinado na escola, pois não são explicitadas suas aproximações com a cultura natal. Resta a impressão de uma escolarização sem sentidos e de conteúdos com pouco utilidade em seus projetos de futuro. |