Processos composicionais no Kyrie do Réquiem de György Ligeti

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Oliveira, Ísis Biazioli de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-18052015-162329/
Resumo: Este trabalho tem por objetivo analisar os processos composicionais do Kyrie, segundo movimento do Réquiem (1963-65), de György Ligeti. Segundo seu compositor, essa peça é uma \"estranha fuga\" e, como tal, receberá durante nosso trabalho a terminologia correspondente a essa declaração. No primeiro capítulo, investigaremos a microestrutura da obra e perceberemos aí o caráter direcional das alturas do Sujeito 1, Kyrie eleison, (Cohn, 1998; Douthett & Steinbach, 1998; Lewin; 1982) e as simetrias que descrevem o Sujeito 2, Christe eleison (Weyl, 1997; McManus, 2005). No segundo capítulo, discutiremos o conceito de ilusão sonora (Caznok, 2008; Vitale, 2013; Menezes, 2004), sua recorrência na obra de Ligeti e na compreensão da superfície audível do Kyrie. No terceiro e último capítulo, retomaremos alguns aspectos da história do termo \"fuga\" (Mann, 1987) na busca de reflexos dessa história na escrita de Ligeti. Durante todo o nosso texto, lembraremos de outras obras artísticas que, em diálogo com o Kyrie, nos ajudarão a exemplificar, contrapor ou ratificar procedimentos composicionais da obra de Ligeti. Nossa investigação tende a situar a obra desse compositor na questão da Tradição e Ruptura, problematizada pela modernidade (Arendt, 2013; Compagnon, 2010), a partir de uma abordagem prática: a da análise musical.