Análise da casuística das afecções cirúrgicas observadas, segundo o aparelho corpóreo analisado, no período de 1988 a 2007 na Clínica Cirúrgica de pequenos animais da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Cruz-Pinto, Carlos Eduardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-20022009-152220/
Resumo: Pouco se tem na literatura à respeito da casuística das afecções cirúrgicas de cães e gatos. Objetivamos descrever e analisar a freqüência destas afecções cirúrgicas, na Clínica Cirúrgica de pequenos animais da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo, no período de 1988 a 2007, classificando-as em oito grupos: Cárdio-Respiratório, Digestório, Distrofias, Genito-Urinário, Hematopoiético, Locomotor, Paratopias e Pele e Anexos. Avaliou-se um total de 18585 casos cirúrgicos, sendo 16030±241,59 (86,25%) casos em cães, e 2555±47,23 (13,74%) em gatos, demonstrando sempre maior incidência na espécie canina, onde se observou maior casuística associada ao Aparelho Locomotor, com 5957 (37%) casos, de todas as afecções observadas, em seguida Aparelho Genito-Urinário com 2504 (16%), Pele e Anexos com 2465 (15%), Aparelho Digestório com 2337 (15%), Paratopias com 1880 (12%), Aparelho Cárdio-Respiratório com 414 (3%), Hematopoiético com 235 (1%) e as Distrofias correspondendo a 187 (1%). Na espécie felina, a maior casuística foi associada ao Aparelho Locomotor, com 931 (36%) casos, seguido pelo Aparelho Genito-Urinário com 462 (18%), Paratopias com 407 (16%), Aparelho Digestório com 349 (14%), Pele e Anexos com 259 (10%), Cárdio-Respiratório com 93 (4%), Distrofias com 58 (2%) e Hematopoiético sendo < que 1% dos casos. Quanto às neoplasias observadas em todos os aparelhos, os cães apresentaram 3711 (94%) casos, e os gatos 244 (6%). O maior número de neoplasias esteve relacionado a Pele e Anexos, com 1906 (51%) casos em cães e 130 (53%) em gatos, seguido pelo Aparelho Digestório com 754 (20%) casos em cães e 74 (30%) em gatos. Avaliando-se as afecções relacionadas ao Sistema Hematopoiético em ambas as espécies, a maior ocorrência apresentada foi de neoplasias esplênicas com 192 (80%) casos, seguida pelas rupturas esplênicas com 27 (11%) casos e torções esplênicas com 13 (6%). Conclui-se assim, que a espécie canina apresentou número de afecções e procedimentos maior que seis vezes o número de registros em felinos, sendo que as afecções locomotoras mostram maior índice de ocorrência tanto em cães como em gatos, constituindo a amostra mais representativa atendida no Serviço de Cirurgia de pequenos animais da FMVZ / USP. Entre as Paratopias descritas, as hérnias perineais tiveram maior incidência, com quase a totalidade dos casos observados em cães. Muitas falhas de registro foram identificadas, necessitando uma maior atenção nesse aspecto. A média anual de casos (801,5) é capaz de caracterizar a realidade dos atendimentos cirúrgicos, bem como a caracterização dos principais casos atendidos na rotina médica veterinária da cidade de São Paulo e da Grande São Paulo.