A sua memória agora é minha memória: a construção da memória política e o re-estabelecimento do reconhecimento recíproco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Beatriz Besen de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47134/tde-11072019-104655/
Resumo: A presente pesquisa tem como objetivo analisar o processo de construção da memória política (ANSARA, 2008) enquanto mecanismo de elaboração psicossocial e seu potencial para o reestabelecimento de relações de reconhecimento recíproco (HONNETH, 2009). A pesquisaparticipante (MONTERO, 2007) no projeto Memórias e Resistências: a ditadura da quebrada, realizado no bairro de Heliópolis - periferia urbana de São Paulo - envolveu um processo de formação de oito jovens do território no campo dos direitos humanos, tendo como matriz central o resgate, compartilhamento e construção da memória política dos moradores, movimentos sociais e anistiados políticos da ditadura civil-militar brasileira. A partir dos resultados e relatos da pesquisa-participante, é realizado um diagnóstico social, analisando os mecanismos de dominação e as artimanhas do poder do/no Estado que produzem rupturas no tecido social. Também são identificadas práticas eficientes de narração e construção de memória política no interior de organizações sociais comunitárias (GAGNEBIN, 1986), que podem ser estimuladas e aprofundadas como mecanismos de elaboração psicossocial. Tais práticas apontam para caminhos criativos de resistência ao discurso autoritário e à violência de Estado em ascensão no Brasil