Avaliação toxicogenética do dissulfeto de dialila associado ao agente quimioterápico sorafenibe: investigação de morte celular e expressão de proteínas em células hepáticas humanas in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Machado, Ana Rita Thomazela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60134/tde-01072022-091334/
Resumo: O carcinoma hepatocelular é um dos tipos de cânceres mais comuns em adultos. O sorafenibe (SORA) é o fármaco de escolha, mas muitos pacientes exibem progressão tumoral durante a quimioterapia impulsionando a busca por novos tratamentos. A ocorrência da doença pode ser reduzida e/ou seu desenvolvimento controlado por meio de efeito sinérgico de fármacos tradicionais e compostos bioativos da dieta como o dissulfeto de dialila (DADS), composto organosulfurado do alho que exerce atividade antitumoral. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos do DADS isolado e associado ao quimioterápico SORA, sobre a resposta em célula tumoral de carcinoma hepatocelular (HepG2). Foram realizados ensaios de citotoxicidade, morte celular por apoptose e autofagia, migração e invasão celular, genotoxicidade e expressão de genes e proteínas relacionadas à sinalização de morte tumoral por meio de RT-qPCR e western blot respectivamente. No tratamento isolado houve uma redução na viabilidade celular a partir de DADS 50 µM e SORA 4 µM. Houve inibição da proliferação celular, aumento da proporção de células apoptóticas, aumento na porcentagem de células em G1/S acompanhado de diminuição na migração e invasão celular em DADS 200 µM e SORA 8 µM. Observamos aumento da razão de células autofágicas e do dano genotóxico em todos os tratamentos testados. Houve alteração na expressão de genes TNF, MMP2, FOS e CHEK2 e das proteínas BAX, BCL-2, CASP3, CASP8, LC3 e NRF2. A associação entre os compostos demonstrou efeito sinérgico na atuação do fármaco, por meio da modulação de genes e proteínas correlacionados com parada de ciclo celular (diminuição de CHEK2), morte celular por apoptose (diminuição de FOS e aumento de BAX) e morte por autofagia (aumento de LC3). Nossos resultados demonstraram que DADS e SORA, em tratamento simultâneo, podem reduzir significativamente a sobrevivência de células HepG2 por diferentes mecanismos moleculares. Considerando o combination index do tratamento com SORA, com diferentes concentrações de DADS sobre a morte celular, essa associação pode representar uma promissora alternativa terapêutica para o tratamento de pacientes com carcinoma hepatocelular em estágios avançados.