Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Kamila Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-07052021-093248/
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Resumo: |
A leptospirose, causada por bactérias patogênicas do gênero Leptospira, é uma doença de importância médica e veterinária altamente difundida em todo mundo. Atualmente, as leptospiras são classificadas em mais de 300 sorovares agrupados em 64 espécies distintas (patogênicas e saprófitas). Estas espiroquetas produzem diversas proteases potencialmente capazes de produzir danos nos tecidos. Hoje, sabemos que proteínas presentes no sobrenadante de cultura de estirpes patogênicas são capazes de degradar diversas moléculas do hospedeiro incluindo proteínas da matriz extracelular, da cascata de coagulação e do sistema complemento, contribuindo para os processos de invasão e evasão imune. A análise dos genomas de leptospiras disponíveis nos levou à identificação de quatro termolisinas, presentes somente nas espécies patogênicas, codificadas pelos genes LIC13320, LIC13321, LIC13322 e LIC10715. Tendo em vista que enzimas da família das termolisinas são fatores cruciais na patogênese de várias doenças causadas por bactérias e representam alvos potenciais para intervenção terapêutica, este projeto teve por objetivo caracterizar funcionalmente essas metaloproteinases de Leptospira. As quatro termolisinas de L. interrogans foram obtidas na forma recombinante e realizou-se também a expressão heteróloga da termolisina codificada pela LIC13322 de L. interrogans (estirpe patogênica) em L. biflexa (estirpe saprófita). Os resultados indicam que as termolisinas de L. interrogans são capazes de degradar diversas proteínas envolvidas na ativação do sistema complemento humano, assim como algumas proteínas da matriz extracelular, e devem, portanto, auxiliar a bactéria nos processos de invasão e evasão imune. A expressão heteróloga da LIC13322 na estirpe saprófita não conferiu resistência ao soro, sugerindo que as termolisinas devem possuir um papel aditivo e certo grau de especificidade de ação. |