Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Menezes, Pâmella Indira da Silva Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-05022024-170049/
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Resumo: |
Introdução: Os Anticorpos Anti-citoplasma de Neutrófilos (ANCA) reagem contra constituintes citoplasmáticos de neutrófilos, podendo ser encontrados nas vasculites associadas ao ANCA (VAA) e em outras doenças autoimunes, infecciosas e neoplásicas. Os ANCA podem levar à formação e liberação de armadilhas extracelulares de neutrófilos (NETs) em pacientes com vasculite autoimune. As NETs podem apresentar diferentes composições proteicas, variando entre doenças distintas e podem ser dosadas através de diferentes antígenos proteicos, com os resultados podendo variar conforme a proteína detectada. Justificativa: As NETs possuem conhecida correlação com a atividade de doença nas VAA. Porém, não se sabe se há associação entre as NETs e a presença de ANCA em indivíduos não portadores de VAA. Essa investigação poderia auxiliar no diagnóstico diferencial. Objetivos: Avaliar quantitativamente a ocorrência de NETose em indivíduos positivos para ANCA e se os valores séricos de NETs são capazes de distinguir pacientes com relação ao diagnóstico de doenças autoimunes, neoplásicas e infecciosas. Pacientes e métodos: Estudo transversal, observacional. A partir dos resultados positivos para ANCA por imunofluorescência indireta, os indivíduos foram divididos em 4 grupos: I: VAA; II: outras doenças autoimunes; III: doenças infecciosas e IV: doenças neoplásicas. Um grupo de controles saudáveis serviu para comparação. As NETs foram avaliadas no soro, através da pesquisa de remanescentes de NETs, ou seja, pela detecção de DNA livre celular ligado a proteínas - histona, mieloperoxidase e elastase neutrofílica (NE). Resultados: Dos 194 exames positivos para o ANCA, 146 distribuíram-se da seguinte forma: 63 no Grupo I; 52 no Grupo II; 21 no Grupo III e 10 no Grupo IV. Os demais, 48, tiveram outros diagnósticos. No subgrupo c-ANCA (n=56) havia 75% de pacientes portadores de VAA, contrastando com apenas 23,3% no subgrupo p-ANCA (n=90). Ao subdividirmos os pacientes com relação ao padrão de ANCA, a NE mostrou-se capaz de distinguir os saudáveis e os grupos de doenças em pacientes com p-ANCA (p<0,001): Grupos I e II, portadores de \"Doenças Autoimunes\" e Grupos III e IV, portadores de \"Infecção ou Neoplasia\". Curva ROC para dosagem de NET por NE nos pacientes com p-ANCA, avaliando VAA vs Neoplasia/Infecção, mostrou sensibilidade de 0,65 e especificidade de 0,84, com AUC de 65%. Discussão: A formação de NETs envolve processos específicos para cada doença autoimune e, provavelmente, também para outros grupos de doenças com mecanismos fisiopatológicos distintos. Assim, questionamos se o reconhecimento da diversidade da formação de NETs em doenças autoimunes sistêmicas teria implicações como biomarcador para diagnóstico diferencial e, eventualmente, potencial alvo terapêutico. Ao avaliar nossos resultados, podemos supor que quantificar NETs através da detecção de NE seja um meio de distinguir três grupos de indivíduos: saudáveis, portadores de doenças autoimunes e portadores de infecção ou neoplasia. |