Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, David William Aparecido |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-27072021-200657/
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Resumo: |
Seguindo as caminhadas de indígenas e quilombolas, especialmente a partir da promulgação da Constituição Brasileira de 1988, este trabalho tem o intuito de debater o papel das políticas culturais e da produção do conhecimento na construção de narrativas sobre o passado e na mobilização por direitos. Para tanto, construo um percurso para entender de que forma essas políticas, especialmente as relacionadas a museus e patrimônio, bem como essas produções do conhecimento, foram da promoção à contestação das matrizes do racismo; do silenciamento ao acolhimento das narrativas e pensamentos de populações negras e indígenas, tanto no Brasil quanto em outros contextos. Partindo dos processos que levaram aos registros da Tava, Lugar de Referência para o Povo Guarani (2014) e do Sistema Agrícola Tradicional de Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira (2018) como patrimônio imaterial brasileiro, analiso as interações entre instituições, saberes e agentes relacionados à salvaguarda desses bens culturais. Essa análise parte da premissa que, em ambos os casos, há um diálogo com a longa trajetória de políticas de proteção do patrimônio cultural e natural, nos âmbitos nacional e internacional, que recaem sobre as Ruínas das Missões Jesuíticas dos Guarani e sobre as Reservas do Sudeste da Mata Atlântica, listadas inclusive como patrimônios da Humanidade pela Unesco. Defendo a hipótese de que as políticas culturais são um caminho essencial para que populações invisibilizadas comuniquem os seus modos de ser, viver e pensar à sociedade envolvente, assim como para que demandem o direito à memória, à diferença e ao território. No mesmo sentido, considero que essas caminhadas guarani e quilombolas, vistas em conjunto com caminhadas indígenas e afro-diaspóricas de outras partes do mundo, são representativas de estratégias de descolonização que podem, efetivamente, transformar a produção do conhecimento e a cultura em instrumentos de superação do silenciamento e da desumanização promovidos pela escravidão e pelo colonialismo. |