Argumentação e redes sociais: o tweet como gênero e a emergência de novas práticas comunicativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Dioguardi, Gabriela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8142/tde-28112014-192311/
Resumo: Esta pesquisa tem por objetivo estudar o funcionamento argumentativo do tweet, um gênero textual digital emergente o tweet particularizado pela produção escrita de até cento e quarenta caracteres e que circula somente no ambiente Twitter. O corpus constitui-se de cinquenta tweets do tipo argumentativo produzidos por alunos do 1º ano do Ensino Médio de uma escola privada da cidade de São Paulo, desenvolvidos a partir de uma sequência didática apresentada em aulas de Língua Portuguesa. Em razão de toda produção discursivo-textual não poder ser separada de seu contexto específico de produção, esta pesquisa também examina a rede mundial digital, a Internet, em sua concepção de produtora de ambientes virtuais nos quais circulam variados gêneros textuais digitais emergentes. Tendo em vista que poucos são os estudos sobre o funcionamento da Argumentação em ambientes digitais virtuais, buscamos detectar quais estratégias argumentativas são acionadas para a tomada de um posicionamento em uma condição tão particular de produção, para conhecer o valor argumentativo dos elementos linguísticos e não -linguísticos que utilizados de modo coesivo ou não, constituem o gênero tweet. Por se tratar de uma perspectiva de reflexão linguístico-textual sobre os usos da língua em procedimentos argumentativos, o embasamento teórico deste trabalho fundamenta-se nas referências de Perelman e Olbrechts-Tyteca (2005 [1958]) sobre estratégias argumentativas; na concepção de instâncias argumentativas propostas por Amossy (2007); no conceito e funcionalidade de Redes Sociais e, particularmente do Twitter, apontados por Santaella e Lemos (2010); nos postulados bakhtinianos da constituição e transmutação de gêneros e na perspectiva sociocognitiva-interacionista da Linguística Textual acerca da materialização linguística dos gêneros textuais digitais conforme Marcuschi (2002, 2008, 2010, 2012) Koch (2000, 2002, 2006) e Koch e Elias (2009). Os resultados permitem afirmar que a orientação argumentativa dos aspectos linguísticos presentes nos enunciados e em seus encadeamentos organizam-se no sentido de indicar o posicionamento do locutor que, em função da necessidade de economia de uma economia de escrita, circunscreve seu querer-dizer a determinada dimensão estética