Surto de infecção hospitalar causado por Klebsiella pneumoniae produtora de ESBL em uma UTI-neonatal: análise e impacto das medidas de controle

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Cavassin, Emerson Danguy
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-09052022-125722/
Resumo: Introdução: Microrganismos multirresistentes causadores de infecções hospitalares constituem um problema mundial e em ascensão, sendo os recém natos (RN) urna população especialmente exposta. Objetivo: Estudar a evolução de um surto causado por Klebsiella pneumoniae produtora de beta-lactamase de espectro estendido em uma UTI-neonatal, bem como avaliar os fatores associados à ocorrência de infecção e o impacto das medidas de controle adotadas. Métodos: Foi estudada a população de RN (n=1.164) de uma UTI-Neo com taxa média de ocupação de 113% durante 36 meses (janeiro de 2000 a 2002). O surto, com duração de 7 meses, foi analisado através de ampla investigação microbiológica e epidemiológica tipo caso-controle. A relação genética entre as cepas foi estabelecida por eletroforese em campo variado em conjunto com a determinação do perfil plasmidial. As medidas de intervenção basearam-se nas precauções de contato, não sendo alterado o consumo de antimicrobianos. Resultados: Dos 218 pacientes expostos, 20 foram colonizados e 11 infectados por uma cepa geneticamente relacionada. A investigação microbiológica detectou a contaminação ambiental e das mãos da equipe. O grupo de pacientes infectados e/ou colonizados diferiu dos controles quanto ao uso de nutrição parenteral, transfusão e cateter venoso (p< 0,05), embora estes não pudessem ser definidos como fatores de risco. A intervenção resultou no controle do surto e erradicação da cepa epidêmica na unidade. Conclusão: A análise permitiu definir a natureza monoclonal do agente e sua disseminação, não sendo determinada a existência de um foco exógeno, a adoção de medidas de controle coincidiram com a erradicação da cepa epidêmica.