Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Silva, Matheus Cardoso da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-26112010-125409/
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Resumo: |
O presente trabalho propõe um estudo sobre a critica de George Orwell ao processo de manipulação da memória nas sociedades do entre guerras europeu. Serão tomados como referência para a compreensão desta crítica, seus escritos de não-ficção, entre os anos de 1937 e 1949, período que abarca suas reflexões sobre a Guerra Civil espanhola (1936-9) e a publicação de seu último trabalho em vida, o 1984 (1949). É inegável a profusão crítica em relação ao totalitarismo na obra de Orwell, especialmente em seus escritos ficcionais do final da década de 1940 o Animal Farm e o 1984. Contudo, foi exatamente em sua obra não-ficcional, tematizada aqui, que se construiu todo o arcabouço reflexivo de sua critica a supressão das liberdades individuais nas sociedades europeias das décadas de 1930 e 1940, especialmente através do processo de manipulação da memória. A critica de Orwell não visa somente os governos autoritários na Europa desse período ou em suas versões totalitárias no nazismo e stalinismo mas acaba por atingir a sociedade inglesa da década de 1940. O que Orwell vai destacar, principalmente em sua crítica jornalística, é um processo de manipulação das informações veiculadas na imprensa inglesa, seja ele institucional, através de órgãos governamentais, como o Ministério da Informação, seja na supressão de informações em periódicos de influência ou controle comunista (no sentido de não divulgarem posições contrárias às determinações do Cominterm), apontando para a construção de uma visão ´´oficial``, ´´autorizada``, primeiro sobre a Guerra Civil espanhola, e posteriormente, sobre inúmeros acontecimentos relacionados à 2º Guerra Mundial e a propaganda de guerra. |