Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Domingues, Diego Munduruca |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3154/tde-07072022-100559/
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Resumo: |
A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é uma síndrome respiratória caracterizada por episódios de obstrução das vias aéreas superiores. Tais obstruções provocam eventos de dessaturação de oxigênio, os quais podem ser identificados pela análise da oximetria e utilizados desta patologia. Estes eventos possuem uma definição rasa e pouco precisa, tanto em manuais como na maior parte da literatura. Assim, é possível encontrar trabalhos ou até mesmo softwares comerciais que realizam a identificação de eventos de dessaturação utilizando metodologias desiguais. Desta forma, este trabalho busca avaliar se diferentes metodologias para o cálculo de eventos de dessaturação de oxigênio causam impacto no valor do Índice de Dessaturação de Oxigênio (IDO) e no próprio diagnóstico de AOS. Foram analisados dados de 304 pacientes adultos que realizaram polissonografia (S7000, Embla Systems, EUA) no Laboratório do Sono do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. Simultaneamente, os participantes realizaram um exame de polissonografia tipo 4 que possui um oxímetro com resolução de 0,1% (OxistarTM, Biologix Sistemas Ltda., Brasil). O sinal de SpO2deste oxímetro foi utilizado neste trabalho para calcular as dessaturações a partir de 8 metodologias, cada uma utilizando uma definição diferente para cálculo da linha de base, profundidade da dessaturação e ressaturação. Os resultados indicaram que os valores de IDO são significativamente diferentes entre si (p 0,001). Além disso, o diagnóstico de AOS foi impactado pela escolha da metodologia: quando foram utilizadas dessaturações com 3% de profundidade, 36,5% dos pacientes tiveram a mesma classificação de AOS, 56,3% tiveram duas e 7,2% tiveram três. Com dessaturações com profundidade de 4%, 46,7% dos pacientes tiveram a mesma classificação de AOS, 45,7% tiveram duas e 7,2% tiveram três. Utilizando o Índice de Apneia e Hipopneia (IAH) como padrão ouro, as 8 metodologias apresentaram desempenho variável para diagnóstico de AOS. Isto sugere uma necessidade de que eventos de dessaturação de oxigênio sejam melhores definidos em manuais e na literatura para garantir a reprodutibilidade deste índice, de forma que o diagnóstico de AOS não seja impactado pela escolha do algoritmo de contagem de dessaturações. |