São Paulo e Rio de Janeiro: hipermetrópoles, turismo e moda como economias culturais do espaço

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Pereira, Valnei
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16136/tde-15062010-100918/
Resumo: A tese analisa as transformações socioespaciais das metrópoles de São Paulo e Rio de Janeiro na virada do século XX para o XXI a partir do turismo e da moda, refletidos como economias culturais do espaço. Para isso, considera os acionamentos e sentidos do turismo, para além de suas categorizações, e pelas quais é possível identificar uma turistificação urbana presente em diferentes níveis e escalas; um primeiro verificado nos discursos e sentidos das políticas urbanas de promoção da imagem urbana e competição internacional; um segundo na busca da diversificação e comoditização da experiência turística, numa imiscuição dos negócios ao lazer, à cultura e ao entretenimento; um terceiro a partir da necessidade de reconciliação das centralidades urbanas na medida em que verifica a emergência de um centro econômico e simbólico dessas metrópoles que transita e reforça os diálogos entre os seus centros históricos tradicionais e suas novas centralidades terciárias. No plano da moda, a análise foca as mutações do setor, desde processos de reestruturação econômica e espacial das indústrias e mercados têxteis e do vestuário na escala metropolitana, bem como na produção e reprodução de cenas e circuitos criativos que associam à moda repertórios simbólicos e narrativas identitárias numa imagética da economia simbólica em que São Paulo e Rio de Janeiro são mercados, mas também produtos. Numa perspectiva mais ampla, as metrópoles de São Paulo e Rio de Janeiro são refletidas como hipermetrópoles, categoria que convida a pensar a vida e os objetos socioespaciais como uma exacerbação dos próprios sentidos e projetos da hipermodernidade em que se poderiam entrever novas urbanidades possíveis nas simultâneas e complexas escalas das existências metropolitanas contemporâneas.