Identificação, quantificação e monitoramento de DNA tumoral livre circulante em sangue periférico em pacientes com linfoma difuso de grandes células B pela técnica de Varredura Z.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Oliveira, Karolliny Silva de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5167/tde-28082024-165734/
Resumo: Introdução: Nos últimos anos, o DNA livre circulante (cfDNA), em especial o DNA tumoral livre circulante (ctDNA), emergiu como uma ferramenta diagnóstica, de avaliação de resposta e monitoramento de diversos tumores malignos. Entretanto, na maioria deles, ainda não foi incorporada na prática clínica devido à ausência de padronização metodológica reprodutível e amplamente acessível. Nesse contexto, diversos estudos foram conduzidos visando a busca por essa padronização. O propósito deste estudo foi avaliar a quantificação de cfDNA e identificação o ctDNA plasmático utilizando a técnica de varredura Z em pacientes com linfoma difuso de grandes células B (LDGCB). Métodos: Foram coletadas prospectivamente, amostras de sangue periférico de portadores de LDGCB ao diagnóstico, após o quarto ciclo de tratamento e após término do tratamento com R-CHOP-símile. Em paralelo foram coletadas amostras de indivíduos saudáveis pareados por sexo e idade. Após obtenção do cfDNA, sua concentração foi avaliada nos equipamentos Nanodrop, Qubit, Bionalyser e Z-scan. Os resultados foram comparados e confrontados com as características clínicas dos pacientes. Resultados: De janeiro de 2018 a dezembro de 2022 foram recrutados 54 pacientes com LDGCB, com mediana de idade de 58 anos (21 a 91 anos), sendo 33 (62,9%) do sexo feminino. A resposta global de toda a coorte foi de 68,52%, com mediana de seguimento de 24,6 meses, observou-se sobrevida global de 32 meses e sobrevida livre de eventos de seis meses. As concentrações de cfDNA variaram bastante entre as diferentes metodologias de leitura utilizadas. A distância pico-vale (valores de Teta - ) do cfDNA dos pacientes ao diagnóstico (média de 0,438) obtidos no Zscan foi estaticamente distinta entre o grupo controle (background) e pacientes nos diferentes momentos da coleta. A distância pico-vale () das amostras de cfDNA coletadas ao diagnóstico foi superior à do grupo controle (background), p=0,068, das coletadas após o ciclo 4 (média 0,33), p=0,016 e após término do tratamento (média 0,33), p=0,0005. Foram testados vários cutt off de para identificar o melhor valor discriminatório entre LDGCB e controle saudável, sendo obtida sensibilidade de 64,71% (IC95%: 50,99% a 76,37%) e especificidade de 86,61% (IC95%: 62,86% a 93,02%) para > 0,406. Não foram encontradas correlação entre valores de e características clínicas e demográficas dos pacientes. Conclusão: A técnica de Z-Scan foi capaz de discriminar portadores de LDGCB e controles saudáveis, assim como amostras obtidas durante e após o tratamento com as obtidas antes do início da terapia anti-linfoma. Nós interrogamos que essa discriminação foi possível porquê a técnica de Zcan pode ter sido capaz de discriminar ctDNA de cfDNA. Entretanto, novos estudos são necessários para confirmar essa hipótese