Os Lusíadas para os \'lusitos\': o destino do épico camoniano no liceu português e a interferência do Estado Novo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Vichinsky, Flávio Garcia
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-09032016-161458/
Resumo: Com este trabalho pretendemos mostrar que durante o período do Estado Novo em Portugal o estado operou uma dinâmica de inculcação de valores e ideologias extremamente nacionalistas, determinada por um processo de cerceamento e controle das individualidades. E isso se mostrou de forma especial no ensino literário, chegando a atingir o monumento épico da cultura portuguesa, Os Lusíadas, cuja recepção vigiada e orientada pode ser percebida através dos documentos oficiais, dos métodos e dos materiais pedagógicos em uso no período. Nesse sentido, buscamos apresentar as principais concepções pedagógicas ligadas ao ensino literário, delatadas implícita ou explicitamente através dos discursos oficiais, da legislação a respeito do ensino secundário, dos programas escolares e de outros elementos ligados à educação, dentro de um cenário que remonta à época de criação dos liceus (século XIX), para que se possa compreender a opção de leitura conservadora, utilitarista e nacionalista que o regime estado-novista impingiu ao poema de Camões.