Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Souza, Renato Cesar de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5156/tde-01112023-151322/
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Resumo: |
Introdução: A Síndrome Vasoplégica (SV) é uma complicação frequente e letal no pós-operatório de cirurgias cardíacas com circulação extracorpórea (CEC), de difícil previsão e manejo. Caracteriza-se por um estado de baixa resistência vascular sistêmica (RVS) e elevado índice cardíaco (IC). Sua incidência na literatura varia de 9% a 44% dos pacientes operados, enquanto sua mortalidade pode chegar a 25% dos casos. MicroRNAs (miRNAs), uma classe de pequenas moléculas não codificantes de RNA responsáveis pela regulação pós-transcrição da expressão gênica. Objetivos: Identificar miRNAs capazes de predizer quais pacientes evoluem para SV após RVM com CEC e avaliar as potenciais consequências orgânicas da exposição à CEC, por meio do perfil de miRNAs e dos seus alvos celulares por bioinformática. Métodos: Estudo de caráter exploratório, caso-controle aninhado a uma coorte de 87 pacientes de baixo risco cirúrgico, submetidos à revascularização do miocárdio (RVM) com CEC entre janeiro de 2018 e dezembro de 2019. Quinze pacientes que evoluíram com SV (Grupo VASO) foram comparados com 15 que não evoluíram (NONVASO) quanto ao perfil de miRNA em amostras de sangue periférico coletado antes do procedimento cirúrgico. Durante o acompanhamento, os dados clínicos e laboratoriais dos pacientes incluídos foram coletados para o banco de dados do Research Electronic Data Capture (REDCAP). Baseados nas alterações encontradas nos miRNAs, realizamos análise computacional para previsão dos potenciais alvos moleculares deste perfil de miRNAs e as consequências orgânicas, por meio do software Ingenuity Pathways Analysis (IPA). Resultados: Encontramos que 7 miRNAs encontravam-se com sua expressão significativamente alterada no grupo VASO em comparação com o grupo NONVASO. A combinação do miR-30d com o miR-770-5p apresentou AUC de 0,9615 (IC95%, 0,973-0,999; P < 0,0001) com sensibilidade de 84,6% e especificidade de 91,67% na distinção entre pacientes dos grupos VASO e NONVASO. A previsão de alvos por bioinformática aponta que este perfil de miRNA no grupo VASO enriquece e altera a via da molécula apelina (APLN) e seu receptor (APLNR), moléculas responsáveis pela regulação do tônus vascular. Conclusão: A associação dos microRNAS miR-30d e miR-770-5p representa um potencial biomarcador capaz de distinguir aqueles pacientes que irão desenvolver SV após RVM com CEC. A molécula APLN pode ter importante participação na SV pós CEC |