Estudo dos efeitos da terapia de scFv que mimetiza o antígeno gp43 de Paracoccidioides brasiliensis conjugado à nanocápsulas na paracoccidioidomicose experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pereira, Roney Henrique
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-10102016-153441/
Resumo: A paracoccidioidomicose (PCM) é uma micose sistêmica, endêmica na América Latina, com alta prevalência no Brasil. O agente etiológico da doença são fungos do gênero Paracoccidioides. A gp43 é o antígeno principal do Pb e tem sido demonstrado que camundongos imunizados com anticorpos monoclonais anti-gp43 (MAbs) (Ab1) induzem a cascata idiotípica, produzindo anticorpos anti-Id (Ab2) e anti-anti-Id (Ab3). Observou-se que todos os Mabs Ab2 inibiram (>90%) a ligação da gp43 ao Mab 17c (Ab1) sugerindo que estes Mabs anti-Id ligam-se ao parátopo do Mab Ab1, comprovando assim que os Mabs anti-Id obtidos possuem a imagem interna da gp43. Então, nosso grupo de pesquisa construiu uma nova molécula de anticorpo à partir do Mab anti-idiotípico Ab2-β, que mimetiza o antígeno gp43 de P.brasiliensis, denominada de fragmento variável de cadeia única (scFv), e a transfecção dessa molécula em células dendríticas (DCs) mostrou ser promissora na PCM experimental. Visto que a molécula de DC-pMAC/PS-scFv, que possui a região de reconhecimento e ativação de linfócitos T, mostrou eficiência em modelo murino de terapia na PCM experimental, este trabalho teve como objetivo investigar os efeitos da terapia com o scFv em associação às nanocápsulas. Para isso, utilizando a levedura Pichia pastoris, obtivemos a expressão da molécula de scFv recombinante que foi posteriormente encapsulada em um composto a base de PLGA, na proporção 50:50 de PLA e PGA, e testada em modelo murino. Nosso modelo de terapia com scFv encapsulado mostrou-se eficiente, uma vez que observamos diminuição do CFU, maior recrutamento de células dendríticas e macrófagos nos pulmões dos animais, bem como aumento da produção de citocinas como IFN- γ e IL-12, diminuição de IL-10 para os animais tratados com o scFv encapsulado. Para as citocinas IL-4 e IL-17, não obtivemos níveis diferentes entre os grupos de tratamento. Ainda, não observamos diferença na produção de imunoglobulina IgG1. Sendo assim, nossos resultados sugerem a modulação de resposta imune para o tipo Th1, importante na proteção da PCM e diminuição da carga fúngica pulmonar.