Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Tornich, Carolina de Campos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-12082019-131548/
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Resumo: |
O presente estudo volta-se para a trajetória artística de Willie Bester, artista sul-africano cujo trabalho se constrói com sucatas e materiais diversos que encontra em townships, mesclando-os a pintura à óleo, aquarela e fotografias de personagens habitantes desses assentamentos. Partindo de sua trajetória individual, o presente estudo percorre os temas mais marcantes em suas obras, as principais exposições das quais participou e o cenário contemporâneo nacional, tendo por metodologia um estudo de campo realizado na Cidade do Cabo em novembro de 2016 e leitura de literatura especializada. A produção de Bester tem foco em cotidianos de townships, o exercício do poder, além de situações de segregação e desqualificação social na África do Sul, sobretudo durante o apartheid e seus resquícios nos dias atuais. Cada obra cria narrativas e cenários de homens, mulheres, crianças, heróis, mártires ou de pessoas comuns, bem como de situações e dilemas históricos e socioculturais que identifica em sua sociedade. Cada uma dessas pessoas dialoga com a própria vida do artista, marcada por desafios sociais de criança pobre que cresceu durante o apartheid na condição instituída de other coloured em meio a exclusões, racismo e preconceito. Com o fim do regime de segregação institucional no início dos anos 1990, após um longo boicote das grandes exposições mundiais às artes da África do Sul pela violação aos direitos humanos empregada no país, houve a reabertura internacional para os artistas. Bester teve, então, a possibilidade de se formar e viu sua produção ser alavancada, sendo reconhecida gradativamente dentro do país e internacionalmente. Ele participou de grandes exposições como a Bienal de Veneza de 1993. Neste contexto, Bester, como diversos artistas, inscreve-se na criação artística contemporânea sul-africana e africana, cada vez mais apreciada e discutida, reivindicando seu espaço. Na África do Sul, a partir de Bester, é possível destacar preocupações políticas e sociais que ecoam nas obras de artistas de sua geração e mais jovens. |