Figurações da escrita: as estratégias metaficcionais na produção romanesca de António Lobo Antunes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Navas, Diana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-05112012-125233/
Resumo: Esta tese tem como proposta verificar as diferentes estratégias metaficcionais empregadas por António Lobo Antunes ao longo de sua produção romanesca. Considerando-se que a construção de uma narrativa metaficcional exige dois aspectos importantes o aspecto linguístico e a estrutura narrativa, bem como uma mudança no papel do leitor o presente estudo busca empreender uma leitura da produção romanesca do autor de forma a demonstrar que, se nos romances iniciais a metaficção apresenta-se com a composição da obra sublinhando a sua própria ontologia, expondo a sua construção como entidade específica e até certo ponto autônoma, posteriormente, estende-se ao questionamento das estruturas narrativas e emergência do narrador a assomar na obra como autor, procedimentos esses que implicam mudanças no papel do leitor. Essa possvel leitura , empreendida a partir de três romances: Memória de Elefante (1979), Não entres tão depressa nessa noite escura (2000) e Que cavalos são aqueles que fazem sombra no mar? (2009), títulos esses que dialogar constantemente com as demais obras do autor. Mais do evidenciar o emprego de tais estratégias, buscamos demonstrar como, por meio delas, o autor permite-nos discutir importantes questes da teoria literária, como a concepção de Literatura e Tradição, a confluência dos gêneros literários, bem como o redimensionamento dos papéis assumidos pelo autor e leitor na narrativa contemporânea. O presente estudo visa, também, a demonstrar como, sempre via linguagem, o romance antuniano dialoga com o contexto em que se insere, apontando para um retrato do homem e do mundo contemporâneos.