Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Israel, Mônica Simões |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/11831
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Resumo: |
A AIDS consiste em uma condição mórbida causada pelo HIV-1 que tem como alvo os linfócitos TCD4+. No Brasil até junho de 2007 foram notificados cerca de 474 mil casos da doença, sendo aproximadamente 13 mil representados por crianças. As manifestações orais da AIDS em adultos estão muito bem descritas, sendo a candidíase oral (OC) e a leucoplasia pilosa (OHL) consideradas marcadores prognósticos da doença. Porém, essa associação em pacientes pediátricos, principalmente nos países em desenvolvimento, ainda permanece obscura. O objetivo deste trabalho foi verificar o valor da utilidade da identificação da OC e da OHL como marcadores do grau de imunossupressão em pacientes pediátricos infectados pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Fizeram parte deste estudo 100 pacientes pediátricos HIV+ os quais foram acompanhados por 33 meses. Os pacientes foram submetidos à coleta de material em todas as consultas para realização da citopatologia e PCR. O grupo controle foi composto por 50 pacientes pediátricos aparentemente saudáveis. Foram realizados 326 exames nos pacientes HIV+ e 50 no grupo controle. Clinicamente foram observados sete episódios de OC e dois de OHL. A candidíase subclínica foi identificada em nove pacientes, com 13 episódios ao longo do acompanhamento dos pacientes. Somando-se a prevalência OC clínica e subclínica, obteve-se 20 episódios, todos associados à imunossupressão grave (linfócitos TCD4+ <15%). Foi possível observar associação entre a presença de OC e imunossupressão grave (p<0,0001). Uma relação significativa entre OC e carga viral alta (> 100.000 cópias/ml) também foi observada (p= 0,007). A OHL subclínica foi identificada em 35 pacientes, com 49 episódios ao longo do acompanhamento dos pacientes. Das 652 lâminas obtidas, o diagnóstico de OHL foi alcançado em 76 esfregaços. A inclusão Cowdry A foi encontrada em 38 (50%) esfregaços, o “vidro fosco” em 68 (89%) e o “núcleo em colar” em 76 (100%). Somando-se a prevalência de OHL clínica com subclínica, obteve-se 51 episódios de OHL, todos associados à imunossupressão grave (p< 0,0001). Dos 35 pacientes com OHL, 68% apresentaram carga viral alta (p= 0,007). Observou-se ainda associação entre OC e OHL (p= 0,005). A positividade para o Vírus Epstein-Barr (EBV) na mucosa oral foi identificada através da PCR em 99% dos pacientes HIV+ e em todos os 35 pacientes onde as alterações citopáticas correspondentes ao EBV foram observadas. Comparando-se a infecção pelo EBV nos pacientes HIV+ e no grupo controle, não foi observada diferença estatisticamente significativa entre as proporções (p>0,05). Conclui-se que a citopatologia aumenta a probabilidade diagnóstica da OHL e da OC quando comparada ao exame clínico. A OHL e a OC mostraram-se fortemente associadas à imunossupressão grave e à carga viral alta e podem ser considerados marcadores prognósticos da AIDS em pacientes pediátricos |