Diferenças nas Expressões Gênicas do Saco Vitelino de Embriões Bovinos provenientes de Inseminação Artificial e Fecundação In Vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Oliveira, Claudia Marinovic de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-04052012-093816/
Resumo: Altas taxas de mortalidade embrionária ocorrem no período de implantação em embriões provenientes de IATF e FIV. Acredita-se que a falha no desenvolvimento do saco vitelino possa estar relacionada com estas perdas embrionárias. O objetivo deste trabalho foi descrever as características macroscópicas, microscópicas e expressão gênica do processo de involução do saco vitelino, visto que os dados da literatura são contraditórios ao descrever os processos de formação e involução do saco vitelino em embriões provenientes de IATF e FIV. Foram utilizados 19 embriões de IATF e 16 de FIV, provenientes da Sociedade Agropecuária Imaculada Conceição-Redenção/PA, Brasil. Observou-se que não houve diferença significativa no tamanho dos embriões nas idades de 25 (p=0,1), 35 (p=0,1), 40 (p=0,4) e 45 (p=0,36) dias, quando comparados os grupos de IATF e FIV. Entretanto entre os embriões de IATF e FIV com 30 dias de gestação, apresentaram diferença estatística (p= 0,03). A curva de crescimento (Crow-Rump) aumentou gradativamente e linearmente em função da idade gestacional. Macroscopicamente, observou-se que aos 25 dias de gestação, o saco vitelino apresentava formato de T e coloração translúcida. Uma porção central se encontrava próxima a região ventral do embrião emitindo duas extremidades que eram finas membranas, estas acompanhavam o alantóide juntamente com os vasos umbilicais. Aos 30 a 35 dias, apresentava coloração amarelada, sua parte central e extremidades bem diminuídas mostrando sinais de um início de regressão. Aos 40 a 45 dias, o seu processo de involução estava caracterizado, com extremidades enoveladas e região central assemelhando-se a um pequeno grão achatado que se encontrava em contato com o âmnio. Microscopicamente, o saco vitelino era formado por três camadas: o endoderma, camada única que reveste a cavidade vitelínica, uma camada intermediária mesenquimal vascular e o mesotélio, camada simples voltada ao exoceloma. O epitélio do saco vitelino formava dobras ou criptas que se projetavam para a luz. Imunohistoquímica notou-se marcação para os anticorpos VEGF, Flt-1 e KDR. Observou-se que não houve diferença significativa na expressão do mRNA do VEGF, KDR e Flt-1 entre os grupos e nas idades gestacionais analisadas, aos 30 dias notou-se uma tendência entre os grupos em relação a expressão do Flt-1. Os fatores de crescimento b FGF, FGFR-1 e FGFR-2, não apresentaram diferenças em suas expressões, somente aos 35 dias de gestação para o mRNA FGFR-1. Conclui-se que o saco vitelino está intensamente relacionado com o desenvolvimento embrionário, na qual sua involução e desaparecimento relacionam-se com o crescimento e \"maturação\" embrionária.