Colheita mecanizada de cana-de-açúcar (Saccharum spp.) sem queima prévia: análise de parâmetros de desempenho efetivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Santos, Evandro Chaves dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11148/tde-21122012-141948/
Resumo: O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar (Sacccharum spp.), tendo processado, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 571,4 milhões de toneladas na safra 2011/2012. Analisando-se todas as operações deste processo de produção, a etapa de colheita pode ser considerada uma das mais importantes e determinantes, podendo absorver em média mais de 30% do custo total do setor agrícola de uma usina. A substituição da colheita semimecanizada pela colheita mecanizada possibilita não só a redução destes custos, mas a solução de problemas ligados à escassez de mão-de-obra, bem como às políticas ambientais vigentes que visam à eliminação gradativa da queima do canavial. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar o desempenho efetivo de três modelos de colhedoras fabricadas no país. Os ensaios de campo foram realizados em uma usina da região de Novo Horizonte, Estado de São Paulo, no mês de novembro de 2010. A variedade colhida foi a SP91-1285, de segundo corte, sem queima prévia, com espaçamento de 1,5 m e produtividade agrícola média de 78,89 t ha-1. O canavial foi classificado como de porte ereto, em solo de textura arenosa e declividade de 2%. O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualizado em esquema fatorial 3X2, sendo avaliados três modelos de colhedoras com duas velocidades de deslocamento diferentes (5,00 km h-1 e 7,00 km h-1) e seis repetições para cada velocidade, totalizando 12 determinações para cada variável analisada e cada repetição correspondendo a aproximadamente 150 m de colheita. A metodologia de ensaio utilizada foi a proposta por Ripoli e Ripoli (2009), por intermédio de determinações das eficácias de manipulação, capacidades efetivas, índices de perdas de matéria-prima, índices de matérias estranhas mineral e vegetal colhidas, consumo de combustível, frequência de comprimento e índice de cisalhamento de rebolos. Foi verificado que o aumento da velocidade proporcionou um aumento significativo na eficácia de manipulação e em todas as capacidades efetivas. Além disso, houve diminuição significativa do índice de perdas totais e nos consumos de combustível, exceto no consumo de combustível por unidade de tempo (L h-1), que não obteve diferenças significativas. Sendo assim, o aumento da velocidade de deslocamento resultou em ganhos no desempenho efetivo.