Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Engelberg, Marcel Francis D'Angio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-11112010-162524/
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Resumo: |
O aluno é uma invenção. Nem sempre existiu na história essa categoria que entendemos por aluno. A partir apenas do final do século XIX é que se pode falar em sua emergência. Assim, é também a partir daí que se inicia o processo de produção de uma nova subjetividade das crianças e dos jovens. A escola, instituição responsável por acolhê-los, é o principal agente dessa produção. Fabricar alunos torna-se sua especialização. O presente trabalho procurou discutir, ao mesmo tempo, dois aspectos dessa questão: a) a invenção do aluno como algo não acabado e definitivo, sendo produzida diariamente no cotidiano escolar; b) a associação da invenção do aluno não ao poder possuído pela escola, mas às relações de poder exercidas no seu interior. Para isso, foi desenvolvida uma pesquisa de campo no intuito de observar práticas e discursos escolares que tomavam o aluno como questão. Uma escola pública estadual de ensino médio foi escolhida e o trabalho de campo realizado no decorrer dos anos de 2008 e 2009. Conversas com os alunos foram registradas no final de cada um dos anos e completaram o material de pesquisa. Inspirada na concepção de relações de poder do pensador francês Michel Foucault (1926-1984), elaborou-se uma análise que pretendeu explorar algumas das possibilidades e dos efeitos das relações de poder estabelecidas no interior da escola em termos de uma invenção cotidiana do aluno. Uma das ideias que pôde ser extraída daí é que a invenção do aluno não necessita de práticas e discursos fixos e específicos para sua realização, mas pode ser pensada como inúmeras invenções que seriam possíveis a partir de jogos, disputas, imprevisibilidades e possibilidades de inversão, abertas pelas relações escolares de poder. Ademais, procurou-se experimentar um olhar e uma escrita aberta ao acaso, ao singular, ao imprevisto, ao variado e ao repetido, multiplicados pela concepção de poder que foi assumida. |