Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Nicoletti, Taís de Oliveira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-30082019-162932/
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Resumo: |
Esta pesquisa é inspirada na grande ampliação da classe C ocorrida no passado recente de nosso país. A inclusão de milhões de brasileiros em ambientes e atividades antes exclusivas das classes mais abastadas, como o estudo em instituições de ensino superior e ocupações profissionais de natureza mais intelectual do que braçal, é algo extremamente positivo para o País. Porém, ela parece ter gerado efeitos colaterais inesperados: indivíduos apresentando sofrimentos psíquicos que os impedem de prosseguir sua vida durante ou após trajetórias de ascensão social. Este estudo pretende compreender como a ascensão social, que muitas vezes se apresenta como um movimento familiar e multigeracional, pode afetar psiquicamente os indivíduos que vivem esse processo. Para isso, são apresentados três fatos clínicos a partir dos quais procura-se estabelecer ligações entre os sintomas observados e conceitos psicanalíticos que possam elucidá-los, em articulação com reflexões de Souza (2018) acerca do cenário sociocultural em que se deu esse movimento de ascensão social. O primeiro conceito é o de enquadre (Bleger, 1977) que, expandido à noção de metaenquadre (Kaës, 2007/2011), explica o fato de os sintomas de sofrimento se apresentarem de forma obscura, quase imperceptível. Em seguida, há uma reflexão sobre a saída do lugar de origem através do conceito de contrato narcísico (Aulagnier, 1975/2001 e Kaës, 2007/2011), para posteriormente se pensar o lugar de (não) chegada e o desejo de reconhecimento (Hegel, 1807/1988, Benjamin,1988 e Safatle, 2017) |