Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Santos, Ana Maria Ribeiro dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-21052014-162200/
|
Resumo: |
Atualmente a assistência à saúde do idoso é prioritária, verificando-se ser o envelhecimento um desafio mundial. Observa-se que a ocorrência de trauma tem aumentado nesta população nos últimos anos e os acidentes de trânsito são uma das causas mais frequentes destes eventos. O presente estudo é longitudinal retrospectivo com objetivo de analisar o trauma por acidente de trânsito no idoso atendido em um hospital municipal de referência em urgência nos anos de 2010 e 2011. O local de realização foi um hospital de urgência de referência e a Delegacia de Repressão aos Crimes de Trânsito. Em uma população de 524 idosos, os dados do estudo foram coletados por meio de levantamento nos prontuários, boletins de atendimento, boletins de registro de acidentes de trânsito e inquéritos policiais utilizando formulários validados por expertes na área do trauma. A análise descritiva foi realizada para todas as variáveis, incluindo as medidas de posição e de dispersão para as variáveis quantitativas. Na análise espacial utilizaram-se o Índice Local de Moran e a densidade de Kernel. Para análise do risco de acidente, trauma e óbito empregou-se como medida de associação o risco relativo. Do total de 524 idosos acidentados caracterizados pela média de 67,5 anos, 69,1% eram do sexo masculino, 66,9% eram casados e 65,3% possuíam ensino fundamental. Dentre os acidentados, 78,6% apresentaram trauma, sendo 34,9% pedestres e em 27,2% dos acidentes, a motocicleta foi o veículo envolvido. As lesões de maior incidência por região corporal ocorreram nos membros inferiores, correspondendo a 24,1%. Dentre as consequências, 47,7% foram imobilizações. As cirurgias ortopédicas responderam por 26,1% dos procedimentos. A alta hospitalar representou 83,2% da condição de saída do hospital. Dos acidentes, 92,5% ocorreram sem vítima fatal e 56,2% dos óbitos foram na faixa etária de 60 a 69 anos. Destes 59,7% eram pedestres, 47,3% ocorreram na sala de emergência, sendo 28,3% por traumatismo cranioencefálico. A análise espacial evidenciou que os óbitos se concentraram na área urbana, com aglomerado de bairros com alta ocorrência de acidente de trânsito, apresentando correlação positiva, assim como evidenciou também a existência de regiões com maior densidade de ocorrências. Os resultados do estudo demonstraram também forte associação entre o sexo masculino e a ocorrência de acidente, trauma e óbito em decorrência da lesão, em praticamente todas as situações e faixas etárias examinadas, principalmente entre os idosos mais velhos. Os acidentes de trânsito apresentaram características específicas nos idosos, carecendo de mais estudos para dimensionamento real do problema e adoção adequada de medidas de proteção cabíveis. Constatou-se a importância da análise espacial dos acidentes por local de ocorrência do evento, por possibilitar a identificação das regiões que necessitam, prioritariamente, da implantação e implementação de medidas preventivas e corretivas para prevenção e controle destas ocorrências |