Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Kaiser, Ingrid Schimidt |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-05082021-162714/
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Resumo: |
Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) é a principal praga do milho no Brasil, e seu controle tem sido baseado principalmente no uso de inseticidas químicos e plantas geneticamente modificadas que expressam toxinas de Bacillus thuringiensis Berliner (Bt). Vários casos de resistência de S. frugiperda a estas táticas de controle já foram documentados e a resistência tem sido uma das grandes ameaças em programas no manejo integrado de pragas (MIP). Portanto, o uso de inseticidas com mecanism de ação único como os bloqueadores de canais de sódio (indoxacarb e metaflumizone) poderiam auxiliar em programas de manejo de resistência de insetos (MRI). Para subsidiar um programa de MRI, os objetivos da presente pesquisa foram (i) Caracterizar as linhas-básicas de suscetibilidade a indoxacarb e metaflumizone em populações de S. frugiperda coletadas nas principais regiões produtoras de milho no Brasil; (ii) Monitorar a resistência de S. frugiperda a indoxacarb e metaflumizone em populações coletadas nas safras agrícolas de 2017 a 2020; (iii) Avaliar a resposta a indoxacarb e metaflumizone em linhagens suscetíveis e resistentes de S. frugiperda a inseticidas e proteinas Bt selecionadas em laboratório; (iv) Selecionar linhagens de S. frugiperda resistente a indoxacarb e metaflumizone para caracterizar as bases genéticas da resistência e a resistência cruzada entre inseticidas que atuam nos canais de sódio; e (v) Avaliar os custos adaptativos associados à resistência de S. frugiperda a indoxacarb e metaflumizone. A variação na suscetibilidade foi baixa a indoxacarb (4,6 vezes) e a metaflumizone (2,6 vezes) entre as populações de S. frugiperda coletadas em 2017. A frequência estimada dos alelos que confere resistência a indoxacarb foi de 0,0452 (0,0382 - 0,0527 CI 95%), usando o método F2 screen, em populações de S. frugiperda coletadas em 2017 e 2018. A sobrevivência média na concentração diagnóstica baseada na CL99 variou de 0,2 a 12,2% para indoxacarb e de 0,0 a 12,7% para metaflumizone em populações de S. frugiperda coletadas em diferentes regiões do Brasil de 2017 a 2020. A razão de resistência de S. frugiperda para indoxacarb foi de ≈ 30 vezes e para metaflumizone foi > 600 vezes Não foi detectada resistência cruzada entre os inseticidas bloqueadores de canais de sódio (indoxacarb e metaflumizone) e outros inseticidas (chlorpyrifos, lambda-cyhalothrin, lufenuron, teflubenzuron, spinetoram e chlorantraniliprole) e proteínas Bt (Cry1A.105/Cry2Ab2/Cry1F e Vip3Aa20). Por outro lado, foi verificada a presença de resistência cruzada entre os inseticidas indoxacarb e metaflumizone. O padrão de herança da resistência de S. frugiperda para indoxacarb e metaflumizone foi autossômica, incompletamente recessiva e com efeito poligênico. Além disso, foi verificada a presença de custos adaptativos associados à resistência de S. frugiperda a indoxacarb e metaflumizone, baseado nos parâmetros biológicos avaliados em condições de laboratório na ausência de pressão de seleção. Portanto, baseado nas informações obtidas no presente estudo, indoxacarb e metaflumizone são importantes ferramentas a serem explorados em programas de MRI em S. frugiperda no Brasil. |