Entre montagens e constelações: um estudo sobre a mobilidade das imagens.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Daniele Queiroz dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16132/tde-12122017-154113/
Resumo: Este trabalho apresenta um estudo sobre as representações e o imaginário da arquitetura e do espaço construído pelo viés da mobilidade das imagens, a partir da análise e interpretação de três obras cinematográficas que se constituem como os objetos de estudo: Alice nas Cidades (1974), Dogville (2003) e Solaris (1972). Os filmes são abordados quanto à característica de apresentação do espaço de cada obra: tem-se então a cidade real (Alice nas Cidades), a cidade sugerida (Dogville) e a cidade imaginada (Solaris). Ao longo do texto são percorridos caminhos teóricos que partem das conexões entre cinema e arquitetura, cinema e imaginário e chegam na técnica da montagem, mostrando como esta pode servir não somente à narrativa fílmica, mas também como processo formativo de construção de imagens e significados através da justaposição de imagens e do processo de colisão entre elas. Ao transformar frames das obras cinematográficas em reproduções fotográficas, é convocado o Atlas Mnemosyne, painéis de imagens da autoria do historiador alemão Aby Warburg, como guia na construção de constelações de imagens. Entendendo o processo de feitura da Mnemosyne como uma técnica da montagem, as reproduções fotográficas vão sendo transformadas em narrativas outras por meio das constelações e galáxias de imagens, trabalhando com os conceitos de escala, dimensionamento, intervalo, aproximações e saltos das imagens; movimentos esses que encontram paralelo não somente no cinema - closes, travelling, saltos no tempo e no espaço -, como também no percurso dentro do espaço construído e nas representações da arquitetura.