Viola Brasileira: os caminhos trilhados por 4 violeiros contemporâneos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Cury, Pedro Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27157/tde-29092023-103611/
Resumo: Esta pesquisa busca refletir sobre a estética da viola instrumental no Brasil nas últimas décadas, mapeando alguns elementos que foram incorporados contemporaneamente nesse universo musical e que apontam para um processo acentuado de modernização desse instrumento. Trazida ao Brasil há quase cinco séculos, a viola de dez cordas se tornou um instrumento largamente difundido pelo território nacional. Contudo, apesar da grande diversidade de seus usos e de sua presença em inúmeras manifestações culturais espalhadas pelo país, o instrumento tem sido visto, muitas vezes, como um símbolo regional fundamentalmente ligado à cultura caipira e é pouco abordado em pesquisas acadêmicas. Através de uma análise estético-musical de obras de quatro violeiros contemporâneos - Tavinho Moura, Heraldo do Monte, Almir Sater e Ivan Vilela -, o presente trabalho apresenta alguns caminhos técnicos e de criação musical ligados à prática da viola de dez cordas no Brasil visando estabelecer algumas relações entre essas obras contemporâneas e o material composicional historicamente empregado no repertório para viola instrumental. Muito embora esses violeiros apresentem universos musicais bastante distintos entre si, a pesquisa busca traçar paralelos entre suas peças, relacionando-as através da viola e estabelecendo vínculos entre esses universos particulares e os caminhos traçados pela própria viola de dez cordas ao longo da história. Propomos assim, através desta análise, uma revisão da perspectiva que impõe à viola o pertencimento a uma instância essencialmente rural, aspirando ressaltar reflexões que sublinhem, na contemporaneidade, os hibridismos fundamentais às novas sonoridades do instrumento.