Dinâmicas de uso e cobertura da terra e grandes empreendimentos hidrelétricos na Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Branco, Evandro Albiach
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106132/tde-17112021-121110/
Resumo: O planejamento e a construção de empreendimentos hidrelétricos na Amazônia, região com o maior potencial hidrelétrico ainda disponível no país, traz em seu bojo impactos e conflitos socioambientais importantes, decorrentes das potencialidades e sensibilidades típicas da região. Empreendimentos do porte de usinas hidrelétricas endereçam às localidades influências complexas, em diferentes escalas espaço-temporais. Embora os processos associados às dinâmicas territoriais sejam amplamente estudados e descritos para a região amazônica, as relações entre hidrelétricas e seus efeitos nas dinâmicas de uso e cobertura da terra, considerando suas especificidades e ciclo de vida, seguem pouco compreendidos em razão de sua complexidade e de limitações metodológicas. Neste sentido, e partindo do diálogo teórico entre os campos do Sistema Terrestre, da Economia Regional e da Avaliação de Impacto Ambiental, buscou-se analisar, por meio de uma estratégia multiescalar e multitemporal, as dinâmicas em regiões próximas a grandes empreendimentos hidrelétricos na Amazônia, a partir dos estudos de caso de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte. Os resultados indicaram diferenças significativas entre os casos. Enquanto para o primeiro não foram encontradas evidências suficientes para caracterizar a influência dos empreendimentos nas dinâmicas de uso e cobertura da terra para além daquelas esperadas e previstas pelo Estudo de Impacto Ambiental, para Belo Monte, verificou-se três momentos bem marcados, com o início da influência do empreendimento dois anos antes do início das obras, seguido por uma fase de atenuações durante grande parte da etapa de instalação, concluído com a retomada das dinâmicas às vésperas do início da operação. Ainda, foi realizado um exercício de modelagem das dinâmicas do uso e cobertura da terra para cenários retrospectivos de não ocorrência do empreendimento, visando oferecer subsídios, considerando a complexidade e as incertezas inerentes e este tipo de exercício, para a discussão da medida da contribuição da hidrelétrica no acumulado registrado nos padrões de uso e cobertura da terra.