Resveratrol para prevenção da cárie e erosão dentária: estudos in vitro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Reis, Fernanda Navas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-03052024-110238/
Resumo: Sendo a etiologia do desgaste dentário erosivo (DDE) e cárie dentária multifatorial, há várias possibilidades preventivas para tratamento das lesões. Experimentos preliminares do nosso grupo revelaram que o resveratrol altera o proteoma da película adquirida do esmalte, aumentando as proteínas ácido-resistentes e protegendo o esmalte contra a erosão. Os objetivos do presente estudo in vitro foram avaliar o efeito protetor de diferentes concentrações de resveratrol: I) no perfil e na viabilidade do biofilme microcosmo, bem como na prevenção da desmineralização do esmalte subjacente e II) na erosão inicial do esmalte. Na parte I, foram preparados blocos de esmalte bovino, divididos em grupos de acordo com os tratamentos (resveratrol 50, 100, 200 ou 400 g/mL, PBS, NaF 0,05%, DMSO e Clorexidina 0,12%). Os espécimes foram incubados em pool de saliva humana e saliva artificial de McBain para a formação do biofilme de microcosmo. Foram realizadas as análises de contagem de unidades formadoras de colônia, resazurina e microradiografia transversal. Na parte II, amostras de esmalte foram divididas em 6 grupos: PBS (controle negativo), Elmex Erosion (controle positivo) e resveratrol 50, 100, 200 ou 400 g/mL. Saliva estimulada foi coletada de voluntários para formação da película adquirida. Inicialmente, os espécimes foram incubados por 1 h com a saliva humana, então as soluções de tratamento foram aplicadas por 1 min, seguido de nova incubação em saliva humana por mais 1 h. Os espécimes foram submetidos a um desafio erosivo inicial (ácido cítrico 1% pH 3,5 por 1 min) por 3 dias, sendo o amolecimento do esmalte avaliado pela porcentagem de alteração de dureza superficial. Resveratrol 50 e 200 g/mL reduziu a atividade metabólica do biofilme e os estreptococos do grupo Mutans, respectivamente, mas não teve efeito na perda mineral do esmalte, em comparação ao controle negativo. Resveratrol (1, 10 e 100 g/mL) protegeu significativamente contra a erosão inicial do esmalte. O resveratrol parece ser promissor e pode ser incorporado em produtos odontológicos para a prevenção da cárie e erosão dentária. No entanto, estudos que mais se assemelham à condição clínica devem ser realizados para comprovar sua eficácia.