Vida após as glaciações globais neoproterozóicas: um estudo microfossilífero de capas carbonáticas dos crátons do São Francisco e Amazônico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Hidalgo, Renata Lourenço Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/44/44136/tde-05012016-155048/
Resumo: O aparecimento de animais durante a era Neoproterozóica marca uma fase crítica na evolução da Terra. Um dos aspectos mais intrigantes é como as severas glaciações globais (ou Snowball/Slushball Earth\"), relacionadas com o Esturtiano (710 Ma) e Marinoano (635 Ma), influenciaram o afunilamento na evolução dos eucariontes e a subseqüente evolução e radiação dos animais. Estudos relacionados com a evolução da vida após as glaciações globais são ainda escassos no Brasil. A análise micropaleontológica de seções de seqüência de capa carbonática permitiu o registro de abundantes acritarcas. Uma biota planctônica de águas profundas predomina na porção superior da seqüência de capa carbonática pós-Esturtiana da Formação Sete Lagoas, Cráton do São Francisco. Acritarcas planctônicos foram também encontrados: 1) na seqüência de capa carbonática pós-Marinoana do Grupo Araras, que inclui as formações Mirassol d´Oeste e Guia e na Formação Nobres, unidade mais jovem deste grupo, no Cráton Amazônico; e 2) nos calcários finos da base da Formação Couto Magalhães da Faixa Araguaia. Apesar do significado cronológico desta biota neoproterozóica essencialmente planctônica, ela não é diagnóstica de paleoambientes de águas rasas. A presença de Cymatiosphaeroides e Trachyhystrichosphaera na Formação Sete Lagoas sugere uma microbiota pós-Esturtiana. A presença de Leiosphaeridia minutíssima e Leiosphaeridia crassa na Formação Guia e Cavaspina sp, Appendisphaera barbata e Tanarium na Formação Nobres sugerem duas palinofloras de acritarcas típicas do período Ediacarano.