Avaliação do impacto da implantação de registro médico eletrônico de pacientes no ambulatório de clínica médica geral do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Duarte, Jurandir Godoy
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5144/tde-10012017-102051/
Resumo: Objetivo: Avaliar a satisfação e expectativas dos pacientes e médicos antes e depois da implantação de um registro médico eletrônico (RME) de pacientes no ambulatório de clínica médica de um hospital universitário. Métodos: Foram realizadas 389 entrevistas com pacientes e 151 com médicos antes e depois da implantação de um RME comercial no ambulatório de Clínica Médica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, Brasil. Os médicos foram categorizados por seus anos de graduação (10 anos ou menos e mais de 10 anos). As respostas ao questionário dadas pelos médicos foram classificadas como favorável ou contra o uso de RME, antes e depois da implantação do sistema, recebendo 1 ou 0 pontos, respectivamente. A soma destes pontos gerou uma pontuação analisada por regressão múltipla para determinar quais os fatores que contribuem para a aceitação de RME pelos médicos. Para se avaliar o comportamento de pacientes e médicos em um período em que a implantação já havia entrado na rotina, realizou-se uma terceira etapa de entrevistas com pacientes e médicos. Resultados: O grau de satisfação do paciente era o mesmo antes e depois da implantação (p > 0,05). O tempo de espera para ser atendido foi maior após a implantação de RME (p < 0,0001), embora a percepção dos pacientes tenha apontado para uma direção diferente (p=0,0186). Médicos formados há menos de 10 anos já tinham usado os registros eletrônicos em outros hospitais e clínicas (p=0,0141). Estes médicos tinham expectativas mais positivas antes da implantação (p=0,0018). Este otimismo foi reduzido após a implantação, devido ao mau funcionamento do sistema durante a fase inicial (p=0,0229). A utilização do RME foi maior pelos médicos mais jovens (p < 0,0001). Na terceira avaliação os pacientes mostraram-se muito satisfeitos com o atendimento (porcentagem de mais de 90%). Percebiam a utilização do computador durante a consulta e valorizavam essa utilização. Os médicos com 10 anos ou menos de graduação, percebiam e valorizavam mais as facilidades do registro eletrônico e o utilizavam mais. Em 11 de 18 questões específicas sobre o desempenho de tarefas clínicas os médicos mais jovens julgaram mais fácil utilizar o RME, do que os médicos mais antigos p < 0,05. Questionados especificamente sobre a satisfação com o RME, os médicos mais jovens responderam \"boa\" e \"excelente\" em maior proporção do que os com mais de 10 anos de formados (p=0,0011)