Influência de agrupamentos psicossociais na sensibilidade mecânica dolorosa e na modulação da dor de pacientes com Disfunção Temporomandibular

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Salbego, Rafaela Stocker
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Alteração psicossocial; Disfunção temporomandibular; Psychological tests; Sensibilidade dolorosa; Somatosensory disorders; Temporomandibular joint disorders
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-17012024-173554/

O objetivo deste estudo consistiu em avaliar o impacto combinado de fatores psicológicos e qualidade do sono na sensibilidade mecânica dolorosa e modulação da dor em mulheres com DTM dolorosa e controles assintomáticas. Trata-se de um estudo transversal com análise secundária de dados de 77 mulheres com diagnóstico de mialgia de acordo com os critérios de diagnóstico para disfunção temporomandibular (DC/TMD) e 101 controles assintomáticas. Todas as participantes do estudo preencheram um conjunto de questionários que caracterizaram seu perfil psicológico (ansiedade, depressão, estresse e catastrofização) e de qualidade do sono, bem como foram avaliadas por meio de testes quantitativos sensoriais mecânicos dolorosos (limiar de dor mecânica (MPT), limiar de dor à pressão (PPT) e razão da somação temporal) e por meio da modulação condicionada da dor (CPM). Os parâmetros psicológicos e de qualidade do sono de cada instrumento foram transformados em escores T e a amostra foi submetida a análises de clusterização hierárquica e k-means de forma que os indivíduos fossem alocados em um d e dois grupos denominados não comprometido ou comprometido de acordo com as semelhanças que apresentavam entre si si. Foi realizada a regressão linear múltipla para avaliar a influência da DTM, da idade e do cluster de comprometimento psicológico e de qualidade do sono, nos valores de MPT, WUR, PPT e CPM em músculos masseter e tenar. As diferenças foram consideradas estatisticamente significativas quando p < 0,05. A presença de DTM foi o preditor mais forte da sensibilidade dolorosa mecânica na região trigeminal (MPT [F(3,174)=51,902; p<0,001; R2 ajustado= 0,463]; presença de DTM ( = -,682) e idade ( = ,118) / PPT [F(3,174)=15,573; p<0,001; R2 ajustado= 0,198] presença de DTM ( = -,452) e idade (= 0,356)) e extra-trigeminal (MPT [F(3,174)=35,897; p<0,001; R2 ajustado= 0,382] DTM (= -0,647) / PPT [F(3,174)=4,843; p<0,05; R2 ajustado = 0,061] presença de DTM ( = -,227) e idade ( = ,259) / CPM [F(3,174)=4,106; p<0,05; R2 ajustado = 0,050] presença de DTM ( = ,197) e a idade ( = -,192)). Os resultados não demonstraram uma influência significativa dos clusters de comprometimento baseados em variáveis psicológicas e de qualidade do sono na sensibilidade mecânica dolorosa e na modulação da dor em mulheres, independentemente da presença de DTM.