Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Carbonario, Fernanda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5163/tde-01112006-145205/
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Resumo: |
Fibromialgia é uma síndrome reumática caracterizada por dor musculoesquelética difusa e crônica, sítios dolorosos específicos à palpação (tender points), freqüentemente associados a fadiga, distúrbios do sono, rigidez matinal, ansiedade, depressão e, em alguns casos, dispnéia. Devido ao quadro doloroso e ao caráter crônico, a síndrome geralmente tem impacto negativo na qualidade de vida dos pacientes. O objetivo do presente estudo foi avaliar a eficácia de um programa fisioterapêutico (16 sessões) composto de orientação educacional, terapia com corrente de estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) e exercícios aeróbicos e de alongamento muscular, sobre a sintomatologia e qualidade de vida de pacientes com fibromialgia. Foram selecionadas 28 mulheres com diagnóstico de fibromialgia originárias do ambulatório da Unidade de Reabilitação do Hospital Geral de Pirajussara da Universidade Federal de São Paulo, que foram submetidas a avaliação antes e após o programa fisioterapêutico. A dor foi avaliada pela escala visual analógica (VAS), questionário de dor de McGill e dolorimetria dos tender points; a flexibilidade, pelo índice terceiro-dedo-solo; e a qualidade de vida, pelos questionários Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ) e Medical Outcomes Study 36-item Short-Form Health Survey (SF-36). As pacientes foram distribuídas em dois grupos (G1 e G2), ambos com 14 indivíduos. Os dois grupos receberam uma sessão educativa e 16 sessões de tratamento com exercícios de alongamento e condicionamento físico; além disso, G2 também recebeu aplicação de TENS em quatro tender points (trapézio e supraespinhoso). Os dados das avaliações foram tratados estatisticamente, com nível de significância p=0,05. A comparação das avaliações inicial e final mostrou que ambos os grupos apresentaram melhora na flexibilidade (diferença estatisticamente significante no índice terceiro-dedo-solo de p=0,00 e 0,04, respectivamente para G1 e G2) e redução da dor, segundo as respostas ao Questionário de McGill (p=0,03 e 0,01, para G1 e G2); G2 também apresentou redução da dor na VAS (p=0,00) e no limiar de dor em dois dos tender points que receberam TENS (trapézio E e supraespinhoso D). Quanto à qualidade de vida, G1 relatou melhora no SF-36 (p=0,02) e G2 no FIQ (p=0,00). Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos, exceto para o limiar de dor no tender point supraespinhoso E (p=0,02). Conclui-se que o programa fisioterapêutico proposto foi eficaz na redução da dor, melhora da flexibilidade e da qualidade de vida das pacientes, e que a aplicação da TENS pode ter interferido positivamente nos resultados do tratamento. A abordagem educativa e o bom relacionamento terapeuta paciente podem contribuir para mudanças de hábitos das pacientes e torná-las mais ativa no tratamento. |