Estimulação elétrica nervosa transcutânea na dor, função pulmonar e força muscular respiratória no pós-operatório de cirurgias torácicas em uma unidade de tratamento intensivo : ensaio clínico randomizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Husch, Hermann Heinrich
Orientador(a): Sbruzzi, Graciele
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/164887
Resumo: Objetivo: Avaliar os efeitos da estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) comparada com TENS placebo e grupo controle sobre a dor, função pulmonar, força muscular respiratória e medicações analgésicas no pós-operatório de cirurgias torácicas em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Método: Pacientes entre 31 e 76 anos submetidos a toracotomia póstero-lateral, foram incluídos e alocados aleatoriamente em três grupos: TENS (GE), TENS placebo (GP) e controle (GC). O GE recebeu a aplicação da TENS (frequência=100 Hz, duração de pulso=100 μs, intensidade no nível sensorial, durante 30 minutos, três vezes ao dia, durante a internação na UTI), associada a fisioterapia convencional (respiratória e motora). No GP foi realizada a TENS placebo além de fisioterapia convencional; e o GC recebeu apenas a fisioterapia convencional. Os desfechos foram avaliados no pré-operatório, pós-operatório (PO), e 48 horas após a internação na UTI: dor através da Escala Visual Analógica, função pulmonar através de espirometria (VEF1 e CVF), força muscular respiratória através de manovacuometria (PImáx e PEmáx), e medicações através da análise dos prontuários. Resultados: Foram incluídos 45 pacientes, sendo 15 em cada grupo. Em relação a percepção dolorosa, não houve diferença entre os grupos (P=0,172), porém houve redução na dor após o término do primeiro atendimento no GE (4,7±3,2 vs. 3,3±2,6; P<0,05). Em relação a função pulmonar e força respiratória não houve diferença significativa entres os grupos nos momentos avaliados. Entretanto, nas avaliações intragrupo, observou-se melhora na CVF, todos os grupos apresentaram redução no momento PO e 48 horas comparado com o pré (P<0,001), e somente o GE promoveu um aumento na CVF nas 48 horas em relação ao PO (P<0,001). A PImáx e PEmáx diminuíram em todos os grupos comparando o pré com o PO e 48 horas (P<0,001). Não houve diferença entre os grupos em relação as medicações analgésicas, porém o GC apresentou maior consumo de morfina (p=0,037) e o GP maior consumo de paracetamol (p=0,035) 24 vs 48 horas, o que não foi alterado no GE. Conclusão: Não foi observado diferença entre os grupos em relação aos desfechos avaliados no pós-operatório de cirurgia torácica, porém, a TENS 13 promoveu redução da dor e aumento mais precoce da CVF, além disso, não promoveu aumento no consumo de medicação.