Efeitos de um programa de prevenção de quedas no desempenho físico-funcional e saúde mental de idosos participantes de uma Universidade Aberta à Terceira Idade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Vilmar Mineiro da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100141/tde-22062019-221711/
Resumo: A queda é um problema de saúde que envolve políticas públicas, sendo sua prevenção um desafio para os profissionais da saúde. Programas de exercícios físicos combinados, que envolvem dois ou mais dos seguintes componentes: resistência muscular, equilíbrio, resistência aeróbia e flexibilidade, são considerados as intervenções isoladas com maior efeito sobre o risco e a ocorrência de quedas. Por outro lado, não está claro na literatura se programas de intervenções com múltiplos fatores, ou seja, diferentes abordagens oferecidas de forma coletiva e em grupo, trazem efeitos adicionais a saúde dos idosos. Objetivo: Avaliar os efeitos do treinamento físico combinado, associado ou não a educação para prevenção de quedas, no desempenho físico-funcional e saúde mental de idosos. Métodos: participaram do presente do estudo 51 idosos, de ambos os sexos, com idade entre 60-80 anos, que foram divididos em três grupos: 1) grupo controle (GC, n=15), 2) grupo exercício (GE, n= 20) e 3) grupo intervenção múltipla (GIM, n=16). Antes e após o período de segmento, os idosos foram submetidos a 1) questionário estruturados incluindo questões sobre dados sociodemográficos, dados de saúde e histórico de quedas, 2) avaliação da saúde mental (escala de depressão geriátrica, GDS e mini-exame do estado mental, MEEM), 3) escalas sobre auto-eficácia para quedas (Falls Efficacy Scale-International, FES-I) e conhecimento sobre fatores de risco para as mesmas (Falls Risk Awareness Questionnaire, FRAQ), 4) testes físico-funcionais (timed up and go, TUG; sentar e levantar da cadeira. STS e força de preensão palmar, HG). Os grupos GE e GIM foram submetidos a duas sessões (60 min) semanais de exercícios combinados (resistência muscular, caminhada, equilíbrio e duplatarefa) por 16 semanas. O GIM participou também de 16 sessões educativas semanais sobre fatores de risco e prevenção de quedas. Para todas as análise, considerou-se um alfa de 5%. Resultados: foi observado interação entre tempo e grupo para a mobilidade, com melhora do tempo no teste de TUG para os grupos submetidos ao treinamento físico. Adicionalmente, foi constatado efeito médio e negativo da não participação das sessões de exercícios físicos na força de membros inferiores dos idosos do GC (g de Hedges: 0,54). Os idosos do GIM obtiveram, ainda, ganhos adicionais no desempenho do MEEM e na pontuação da FRAQ. Conclusão: a intervenção múltipla, envolvendo a associação entre exercícios físico combinados e atividades educativas, trás benefícios adicionais a idosos participantes de UnATI. Além da melhora na mobilidade e manutenção da força muscular dos membros inferiores, os idosos do grupo intervenção múltipla mostraram maior conhecimento sobre fatores de risco para quedas, o que pode ser útil na implementação de estratégias para identificação de fatores e redução de comportamentos de risco para quedas no dia-a-dia