Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Oshiro, Daniela Serrou do Amaral |
Orientador(a): |
Alvarenga, Márcia Regina Martins,
Silva, Maria da Graça da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2941
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Resumo: |
A queda da própria altura é a causa externa mais frequente em indivíduos idosos. É uma síndrome geriátrica heterogênea provocada por inúmeros fatores intrínsecos (declínio fisiológico da senilidade, morbidades e medicações) e de fatores extrínsecos (os riscos ambientais). O trauma é um evento previsível e evitável, que pode interferir na autonomia e independência funcional do indivíduo, e, devido às suas consequências, pode, também, além de influir na renda familiar, reduzindo-a, pela elevação dos gastos com a saúde. Este estudo tem por objetivo analisar a capacidade funcional de idosos, vítimas de queda, atendidos por um serviço de atendimento pré-hospitalar móvel (APH). Trata-se de um estudo transversal e descritivo, de abordagem quantitativa, realizado no Município de Campo Grande/MS. A coleta dos dados foi realizada entre os meses de maio e outubro de 2015, com amostra nãoprobabilística, por conveniência, de 78 pacientes. A relação de idosos atendidos foi obtida do sistema informatizado do serviço de atendimento pré-hospitalar (APH). A visita domiciliar ou hospitalar foi agendada por telefone e, posteriormente, realizada entrevista com aplicação dos instrumentos: dados sociais, demográficos e clínicos, Medida de Independência Funcional, Escala de Downton e a Escala Ambiental de Risco para quedas. Para as associações foi utilizado o teste de proporção qui-quadrado com Intervalo de Confiança de 95%. O nível de significância para os testes estatísticos foi fixado em 5%. Os resultados demonstram que 64,1% dos idosos participantes eram mulheres e que 71,8% dos idosos tinham mais de 70 anos. As quedas ocorreram no período diurno (73,6%), na residência (92,3%). Fraturas e lesões foram relatadas por 67,9% dos idosos, sendo a fratura de fêmur a mais frequente dentre os que sofreram lesões (32,0%). As condições predominantes, de acordo com o relato dos participantes, foram os problemas de visão (85,9%) e a hipertensão arterial sistêmica (62,8%). Em relação à medida de independência funcional, 48,7% apresentaram dependência modificada até 25,0%. A polifarmácia apresentou-se com prevalência de 28,2%; dentre os medicamentos inapropriados para uso em idoso, segundo critérios de Beers et al., destacaramse a metildopa, a amitriptilina e os benzodiazepínicos. A associação entre número de medicamentos de uso frequente e uso de medicamento inapropriado foi relevante (p < 0,001). A escala de Downton apontou a prevalência de alto risco para quedas de 78,2%. A iluminação inadequada e a ausência de barras de apoio foram os elementos mais presentes na avaliação do risco ambiental. A avaliação sistematizada do idoso é o principal instrumento para o enfermeiro detectar os idosos com alto risco para quedas. Os fatores de risco encontrados podem ser o foco de estratégias para a prevenção de quedas e instrução junto aos idosos e suas famílias, tais como controle da hipertensão arterial e déficits visuais, acompanhamento criterioso da terapêutica medicamentosa e adequações nos espaços ocupados pelas pessoas idosas. A detecção de medicações de risco nas situações de quedas, o histórico das quedas, determinadas morbidades e condições são elementos indispensáveis para o planejamento da assistência integral e individualizada. As políticas públicas de saúde locais devem estar mais voltadas à prevenção do trauma no idoso, dada a sua importância epidemiológica e ao impacto sobre a capacidade funcional do idoso. |