Uso do análogo do GnRH para diagnóstico de puberdade precoce

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Junqueira, Flávia Raquel Rosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-21062008-112920/
Resumo: Introdução - A puberdade precoce verdadeira ou dependente de GnRH apresenta importante morbidade: a baixa estatura, conseqüência da rápida progressão da idade óssea, além das seqüelas psico-emocionais do desenvolvimento sexual secundário precoce. Daí a importância da realização de um diagnóstico precoce e preciso, a fim de que a terapêutica adequada seja instituída o quanto antes. O uso do análogo do GnRH (aGnRH) em teste diagnóstico vem sendo utilizado com este objetivo. Neste estudo avaliou-se os valores de corte para o diagnóstico de puberdade precoce verdadeira, usando-se o teste do aGnRH. Material e métodos - Estudo prospectivo, com 44 meninas, com desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários antes dos 8 anos de idade, atendidas no Ambulatório de Ginecologia Infanto-Puberal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Realizou-se, em todos os casos, o teste do aGnRH, que consistiu na coleta de amostra sanguínea basal para dosagem de FSH e LH, seguida da aplicação subcutânea de 500µg de acetato de leuprolida (Lupron®). Novas amostras sanguíneas foram realizadas após 3 horas, para dosagem de FSH e LH, e após 24 horas da aplicação, para dosagem de estradiol Compararam-se os níveis de LH e FSH basais, de 3 horas e a relação LH/FSH obtida, além do estradiol de 24h, com a evolução clínica das pacientes. Este foi o padrão ouro utilizado para análise do teste, sendo que, após 6 meses, as pacientes foram divididas em 2 grupos: puberdade progressiva (puberdade precoce verdadeira) e não-progressiva. Para análise estatística, utilizou-se curvas ROC, estabelecendo-se sensibilidade, especificidade e melhor nível de corte para o diagnóstico de puberdade precoce verdadeira, para os diferentes critérios analisados. Além disso, avaliou-se a concordância entre os diversos tipos de análise do teste, através do coeficiente kappa. Resultados - O LH de 3 horas apresentou valor de corte > 4,5 mUI/mL, sensibilidade 59,1% e especificidade 86,4%, com área sobre a curva de 0,723. O valor de kappa foi de 0,45, com concordância de 0,73. O estradiol de 24 horas apresentou valor de corte > 40,6 pg/mL, sensibilidade 70% e especificidade 73,7%, com área sobre a curva de 0,703. O valor de kappa foi de 0,436, com concordância de 0,718. Dentre todos os critérios analisados, o melhor deles foi a relação LH/FSH de 3 horas, com valor de corte > 0,14, sensibilidade 72,7% e especificidade 77,3%, com área sobre a curva de 0,771. O valor de kappa foi de 0,5, com concordância de 0,75. Conclusões - Em nossa avaliação, a relação LH/FSH de 3 horas foi superior ao valor de LH de 3 horas ou estradiol de 24 horas, que haviam sidos os melhores critérios diagnósticos no trabalho pioneiro na utilização deste teste.