Ecologia reprodutiva de Citharexylum myrianthum Cham. (Verbenaceae) em mata ciliar no município de Botucatu - SP.

• Ano de defesa: 1993
• Autor(a) principal: Amaral, Weber Antonio Neves do
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: ECOLOGIA; MATAS CILIARES; PAU-DE-VIOLA; REPRODUÇÃO
• Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20231122-100959/

O presente trabalho fornece informações sobre o processo de ocupação de clareiras grandes e ecossistemas degradados, de áreas úmidas próximas a cursos d’àgua, pela espécie arbórea Citharexylum myrianthum Cham., pau-de-viola, pertencente a familia Verbenaceae, no municipio de Botucatu - SP. (22° 49’S, 48° 23’W e altitude de 577 metros). Foram conduzidos trabalhos com C. myrianthum sobre: frutificação; dispersão e predação de frutos e pirênios; ecofisiologia de germinação e estabelecimento de plântulas em condições de casa de vegetação e de campo. As flores de C. myrianthum são efêmeras e possuem síndrome de polinização por mariposas. Os frutos possuem dois pirênios, contendo duas sementes cada um. A maturação dos frutos ocorre a partir de dezembro, com a duração de 75 dias aproximadamente. A porcentagem de umidade dos frutos aumenta durante a maturação, de 62% a 71%, enquanto que para os pirênios o teor diminui de 17,4% para 14,2%. Quando maduros os frutos possuem 64% de germinação, com 47,5% de amido, 5,0% de proteína e 4,2% de matéria graxa. Apesar da elevada infestação de frutos maduros por larvas de Anastrepha sp., a predação da polpa não afetou a germinação das sementes. As espécies Columba picazuro, C. cayannensis e Geotrygom violácea são as aves com maior frequência de visitação e, provavelmente, os mais eficientes agentes bióticos de dispersão dos pirênios, visto que a passagem dos mesmos pelo trato digestivo não ocasionou a redução da germinação. Os pirênios podem ser transportados pela àgua, pois flutuam. Existe resposta quanto à presença da luz para a germinação, mas não houve diferença entre as temperaturas de 25°C e 20°-30° C, cujas médias foram superiores a obtida com 35°C. A emergência e as características das plântulas estabelecidas em casa de vegetação não foram afetadas pela remoção ou não da polpa. A retirada da serapilheira e das plantas daninhas aumentou em cinco vezes a porcentagem de estabelecimento das plântulas no campo.