Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Souza, Rafael de Freitas e |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-02122009-114854/
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Resumo: |
Esta pesquisa destaca a história da mineração aurífera inglesa em Minas Gerais na segunda metade do século XIX até 1927. Nosso objetivo foi levantar a baeta de ferro que encobre a trajetória destes gigantescos empreendimentos fabris enfocando o caso da Mina da Passagem situada na cidade de Mariana. O processo de mono-industrialização capitalista vivido por um pequeno arraial aurífero mineiro insere-o numa nova realidade sócio-laboral. Por isso, o mundo do trabalho na mina e a vida fora dela foram analisados sob uma perspectiva dialeticamente complementar. A extração do ouro da jazida primária exigiu da companhia técnicas, maquinários, normas e relações de trabalho típicas do capitalismo. Para isso, fez uso do trabalho escravo e do trabalho livre de nacionais e imigrantes europeus, assim como da mão-de-obra feminina e infantil. As duras condições de trabalho no subsolo e na superfície a que estavam submetidos o(a)s mineiro(a)s fizeram seu cotidiano ser marcado por contínuos acidentes e enfermidades avassaladoras. É neste contexto que entendemos a relação trabalho/religiosidade matizada pela crença em entidades metafísicas que os acompanhavam em sua faina diária. A presença de ingleses, nacionais, africanos e imigrantes europeus fizeram de Passagem de Mariana um típica zona de contato. Os hábitos sociais, esportes, lazeres, formas de organização e resistência são fruto dos entrelaçamentos harmoniosos e tensos entre estes atores sociais. Por fim, tentamos esboçar outro ponto de vista no que tange aos legados da companhia inglesa para os trabalhadores e a localidade. Verificamos que seu passivo sócioambiental sobrepuja seus pretensos benefícios. |