Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Harduin, Pablo Souto Maior |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-17092019-151509/
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Resumo: |
O principal objetivo desta dissertação é investigar a função argumentativa que as demonstrações hedônicas ao final do Livro IX (580d-583a; 583b-588a), formuladas por Sócrates como provas de que a vida justa é melhor que a injusta, desempenham no escopo filosófico geral do diálogo. Como estratégia argumentativa para suportar a tese de que desempenham papel fundamental em sua doutrina ética, proponho que há em A República a formulação de um problema relativo ao prazer irracional. Este problema diz respeito às implicações psicológicas, epistemológicas e ontológicas inerentes à experiência hedônica irracional, e que concernem não apenas as doutrinas da alma, do conhecimento e da realidade formuladas no diálogo, mas, mais basicamente, sua doutrina ética. Ao final, argumento que, em virtude deste problema, as demonstrações hedônicas se fazem valer como partes fundamentais da doutrina ética de A República, e que não seria possível uma compreensão adequada de seu sentido total caso a questão do prazer fosse desconsiderada: as demonstrações, especialmente a última, estipulam um argumento que toca no âmago do problema concernente ao valor da injustiça, sendo capaz de provar, por meio da proposição de uma forma depurada de hedonismo, que chamo aqui hedonismo racional ou filosófico, que a crença fundamental de que a injustiça é valorsa pois prazerosa é falsa. |