Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Turra, Letícia Passi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17137/tde-10052021-144137/
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Resumo: |
INTRODUCÃO: O glioblastoma continua sendo uma neoplasia incurável, a partir dos protocolos terapêuticos bem estabelecidos, os mesmos proporcionam pouco aumento na sobrevida dos pacientes. O mecanismo de hipóxia associado às células-tronco tumorais (CSCs), com destaque à regulação da expressão de HIF-1α ou HIF-2α, está diretamente relacionado com o mau prognóstico em vários tipos de tumores. Estudos recentes também comprovam a regulação dos microRNAs em alvos moleculares diretamente envolvidos com a malignidade tumoral, como por exemplo, HIF-1α. OBJETIVO: Nosso objetivo foi analisar a expressão dos microRNAs miR-21 e miR-326 em neuroesferas de pacientes diagnosticados com glioblastoma tratadas com radiação ionizante. Esses microRNAs foram selecionados por apresentarem envolvimento comprovado com as CSCs e a regulação HIF-1α. METODOLOGIA: Neste trabalho, foram utilizadas culturas celulares de dez pacientes com glioblastoma a partir da biopsia intraoperatória. Avaliada a viabilidade celular com azul de Tripan após 48 horas de exposição à radiação ionizante, as expressões dos microRNAs supracitados foram analisados por PCR em tempo real. As expressões de miR-21 e miR-326 foram correlacionadas com óbito e recidiva mediante o grupo amostral, de forma geral e por grupo. A curva ROC identificou o ponto de corte dos respectivos microRNAs em relação ao prognóstico clínico, separando-os por grupo. RESULTADOS: Ao analisar a viabilidade celular, não foram identificadas diferenças estatísticas significativas entre neuroesferas nos grupos experimentais. Enquanto o miR-21 apresentou-se hiperexpresso no grupo de neuroesferas submetidas ao tratamento com radiação ionizante (p=0,0028), quando comparado ao grupo controle, contudo, não pode ser associado à recidiva e ao óbito. O miR-326 apresentou-se associado com a recidiva tumoral (p=0,032) em ambos os grupos, em que a cada 0,5 unidades de miR-326 o risco de recidivar aumenta 1,024 (2,4%). CONCLUSÃO: O miR-21 apresentou-se hiperexpresso no grupo de neuroesferas submetidas ao tratamento com radiação ionizante sugerindo que o seu papel na regulação de HIF-1α está relacionado às neuroesferas radiorresistentes. O miR-326 apresentou-se associado ao aumento de risco de recidivas em ambos os grupos, neuroesferas tratadas ou não com radiação ionizante, demonstrando também que esta regulação positiva independe do tratamento com radiação ionizante. |