Transição ecológica: uma proposta baseada no comum, no municipalismo libertário e no veganismo abolicionista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Nunes, Ernesto Luiz Marques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106132/tde-09092020-152920/
Resumo: O presente trabalho fundamenta uma crítica ao conceito do Desenvolvimento Sustentável e aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) como solução exequível para responder à crise socioambiental, apontando inconsistências em discursos inscritos nas metas dos ODS e em ações práticas dos países signatários do mesmo. Discute a relação entre a exploração de combustíveis fósseis a matriz energética que sustenta o sistema vigente e seus impactos nas mudanças climáticas e propõe, para evitar a ampliação dos danos às condições de vida e à biosfera, a manutenção no solo das reservas petrolíferas ainda não exploradas. Apresenta discussões teóricas pertinentes ao campo dos estudos sobre transições sistêmicas para a sustentabilidade, iniciativas acadêmicas e de movimentos sociais transicionistas e as abordagens subjacentes a essas discussões (a sociotécnica, a sócio institucional e a socioecológica). Propõe uma nova configuração social fundamentada em uma sustentabilidade simultaneamente ecológica, social e política e implementada mediante uma proposta de transição para sociedades sustentáveis que aproxime a utopia de um outro mundo possível as sociedades sustentáveis ao momento presente, mediante o exercício de uma utopia do agora: a Transição Ecológica Municipalista baseada no Comum (TEComun), fundamentada no Municipalismo Libertário, de Murray Bookchin, no Comum, na vertente delineada por Pierre Dardot e Christian Laval, e no veganismo abolicionista, reconhecendo a senciência dos animais não-humanos em todos os seus experimentos, iniciativas e práticas.