Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1997 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Renata Evangelista de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11142/tde-20191218-161539/
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Resumo: |
O presente trabalho aborda a silvigênese e a ciclagem de nutrientes em um fragmento de mata mesófila semidecídua em Piracicaba, São Paulo. O fragmento tem área de 4,9 ha, e é cercado por áreas agrícolas e reflorestamentos. Procurou-se determinar o quanto distúrbios diversos e a fragmentação afetam essa dinâmica. Estudou-se alguns aspectos do ciclo silvigenético e da arquitetura do fragmento, através de um método que permite reconhecer e levantar a estrutura e composição do mosaico florestal. As árvores dominantes que interceptaram linhas de inventário distantes 5 m uma da outra, em uma parcela de 50 x 50 m2, formam mapeadas e categorizadas em árvores do presente, passado e futuro. Estabeleceu-se um mosaico de eco-unidades com base nesse inventário. Essas eco-unidades são classificadas como eco-unidades em reorganização, desenvolvimento, equilíbrio dinâmico e em degradação; que definem o grau de desenvolvimento do mosaico estudado. Das árvores mapeadas, 63% eram do presente, 10% do passado e 27% do futuro. A altura máxima encontrada para as árvores dominantes foi de 20 m, sendo que as árvores do presente se distribuíram por todas as classes de altura. Ocorrem altas porcentagens de eco-unidades em reorganização, degradação, e de eco-unidades que representam áreas com distúrbios mais recentes no dossel, ou processos silvigenéticos recentes, e são formadas por árvores baixas. Não há predomínio de eco-unidades que representam a fase madura da floresta. A produção total de serapilheira (estimada mensalmente com 96 coletores de 0,25 m2 agrupados quatro a quatro em conjuntos de 1 m2, de maio de 1995 a abril de 1996), foi de 14.715,97 kg.ha -1 .ano-1 , e a fração folhas contribuiu com 71,58% da queda de serapilheira. O número e tamanho ótimos de coletores a serem utilizados nesses estudos foram determinados utilizando-se uma amostragem de duplo estágio, e levando-se em conta o coeficiente de correlação intra-classe, entre subcoletores dentro de coletores. O número ótimo de coletores determinado foi de 60, com tamanho ideal de 0,25 m2. A transferåencia total de macronutrientes durante o ano de estudo foi de 703,08 kg.ha-1 de Ca, 261,2 kg.ha-1 de N, 16,38 kg.ha-1 de P, 100, 19 kg.ha-1de K e 64,86 de Mg. A eficiência de utilização de nutrientes (relação biomassa/nutriente), para o N, P e Ca foram: 55,24; 868,14 e 19,81, respectivamente. A serapilheira acumulada foi estimada em 7.745,43 kg.ha-1, com uma constante de decomposição (K) de 1,9,e o tempo necessário para o desaparecimento de 50% e 95% da serapilheira foram, respectivamente, 131 e 576 dias. Os resultados mostram uma produção de serapilheira muito alta, provavelmente devido ao grau de perturbação do fragmento estudado, alta infestação por lianas e pela ocorrência de fortes tempestades na área durante esse período. A transferência de macronutrientes também apresenta números altos, devido provavelmente às práticas realizadas nas áreas agrícolas do entorno, como adubações e a calagem. Assim, a dinâmica da floresta em ambientes fragmentados é que sofrem perturbações constantes, é afetada em pelo menos dois de seus aspectos básicos: arquitetura (ciclos silvigenéticos) e ciclagem de nutrientes |