Avaliação da reserva ovariana e do anticorpo anti-corpo lúteo em mulheres adultas com lúpus eritematoso sistêmico de início na infância

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Araujo, Daniel Brito de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5164/tde-20052013-150021/
Resumo: Objetivo: avaliar marcadores de reserva ovariana e a presença de anticorpo anti-corpo lúteo (anti-CoL) em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES) de início na infância. Métodos: A presença do anti-CoL foi avaliada através de immunoblot em cinquenta e sete mulheres com LES e 21 controles saudáveis. A reserva ovariana foi estimada através das dosagens do hormônio folículo estimulante (FSH), hormônio luteinizante (LH), estradiol, hormônio anti- Mülleriano (AMH) e da contagem de folículos antrais (CFA). Foram também avaliados dados demográficos, alterações menstruais, atividade da doença, dano cumulativo e tratamento. Resultados: a mediana da idade atual foi similar nos pacientes com LES em relação aos controles (27,7 vs. 27,7 anos, p=0,414). A mediana do AMH (1,1 vs. 1,5ng/mL, p=0,037) da CFA (6 vs. 16 p<0,001) forma significantemente menores nos pacientes com LES quando comparados aos controles, porém sem alterações menstruais significantes. A presença do anti-CoL foi observada apenas nos pacientes com LES (16% vs. 0%, p=0,103) e não foi relacionada com dados demográficos, parâmetros de reserva ovariana, atividade da doença, dano cumulativo ou tratamento. Avaliação dos pacientes tratados com ciclofosfamida mostrou níveis elevados de FSH quando comparados com os pacientes que não receberam ciclofosfamida e com controles (8,8 vs. 5,7 vs. 5,6IU/L, p=0,032) e níveis menores de AMH e CFA (0,4 vs. 1,5 vs. 1,5ng/mL, p=0,004; 4,0 vs. 6,5 vs. 16IU/L, p=0,001; respectivamente). Dezenove pacientes foram tratados com metotrexate sem histórico de uso de ciclofosfamida sendo evidenciada uma correlação negativa entre a dose cumulativa de metotrexate e os níveis de AMH (p=0,027, r=-0,507). Conclusões: este estudo identificou que altas doses ciclofosfamida e metotrexato são causas relevantes de disfunção ovariana subclínica durante a idade reprodutiva em mulheres com LES de início na infância