Representações imagéticas de crianças nos livros didáticos de Português do ensino fundamental: questionamentos sobre a (re)produção de sentidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Augusto, Symone Angelica Cezar da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-16022020-224324/
Resumo: O livro didático ocupa espaço significativo na área da Educação. Dessa forma, é desejável, para os sujeitos-professores, que o aluno reconheça a si mesmo no livro didático, encontrando ali identificações quanto à sua subjetividade, desejos e pensamentos. Nesta pesquisa objetivamos investigar as imagens de crianças nos livros didáticos de Língua Portuguesa utilizados no ensino fundamental I (do primeiro ao terceiro ano). Buscamos, com isso, compreender como as crianças são representadas em livros didáticos, se/como as práticas pedagógicas escolares desenvolvidas em sala de aula podem sofrer interferências em relação a tais representações a respeito da desvalorização da diversidade cultural e se/como possibilitam uma educação multicultural. Investigamos, também, o conceito de infância presente nos livros didáticos utilizados pelos sujeitos-professores. Valemo-nos do arcabouço teórico metodológico da Análise de Discurso de matriz francesa pecheuxtiana. A construção do corpus deu-se a partir de recortes de entrevistas realizadas com os sujeitos-professores, observações em salas de aula e análises de representações de crianças nos livros didáticos trabalhados pelos participantes entrevistados. As análises empreendidas apontam o fato de as imagens inscreverem-se em formações discursivas que definem o brasileiro como miscigenado, em um processo de homogeneização e apagamento da diversidade, com o objetivo de construir uma identidade nacional.