Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Carine Sanches Zani |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-16092020-131002/
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Resumo: |
O estresse parental é considerado fator de risco para o desenvolvimento e bem-estar infantil e para dinâmica familiar. Promover o desenvolvimento infantil saudável, garantir que todas as necessidades sejam atendidas e educar a criança pode ser um desafio para as famílias. O objetivo foi identificar o estresse parental e os fatores relacionados para mulheres durante a gestação e no primeiro mês de vida do bebê. Estudo descritivo de corte longitudinal, realizado com mulheres que tiveram gestação de risco habitual, no terceiro trimestre da gestação em 2017 e 2018, cadastradas em unidades com Estratégia Saúde da Família de um município brasileiro de médio porte. Foram realizadas entrevistas em domicílio, com a utilização de genograma e ecomapa e aplicação da Escala de Estresse Parental. Participaram 121 mulheres, com idade entre 18 a 40 anos. A maior parte possuía entre 11 e 13 anos de estudo, brancas, trabalhava em casa, possuía um companheiro que residia no mesmo domicílio, com planejamento da gestação e a realização do número preconizado de consultas no pré-natal. A escala aplicada na gestação mostrou que 82 participantes (67,8%) tinham algum estresse e 39 (32,2%) nenhum estresse na gestação. No primeiro mês de vida do bebê, em relação ao desequilíbrio no papel materno, 58 (47,9%) apresentaram alto nível de estresse parental e 63 (52,1%) baixo nível de estresse parental. O estresse parental alto foi correlacionado com a presença de estresse na gestação e menor número de gestações planejadas. Houve também associação entre receber auxílio do governo e o nível de estresse parental alto. A estrutura familiar foi heterogênea com diversos arranjos familiares. Foi predominante as mulheres que moravam com companheiros e filhos. O genograma e o ecomapa foram facilitadores na identificação de condições estressantes. Tais resultados sugerem que são fundamentais as ações para identificar precocemente e reduzir o estresse parental, com destaque para a atuação dos profissionais junto as famílias no contexto da atenção primária à saúde. Na atuação da/o Enfermeira/o há diversas oportunidades para otimizar as boas práticas parentais, propiciar o processo de criação de vínculo parental com o bebê no planejamento familiar, na gestação, no pré-natal e após o nascimento, em consultas de puerpério, salas de vacinação, visitas domiciliares, entre outras, a partir de observação, diálogos e avaliação das situações vivenciadas pelas figuras parentais. Assim, para além da preocupação com a sobrevivência das crianças, é necessário oferecer apoio qualificado aos cuidadores e famílias para produzir resultados na trajetória de desenvolvimento humano, o que implica ações para reduzir o estresse parental. |